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Cachoeira do Tabuleiro: Rachadura interdita a 3ª maior cachoeira do Brasil

Cachoeira do Tabuleiro — Foto: Divulgação/Prefeitura de Conceição do Mato Dentro

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e a Defesa Civil de Conceição do Mato Dentro encontram uma rachadura de 10 metros de extensão na parede da Cachoeira do Tabuleiro, na Região Central do estado. O poço está interditado para visitação e banho desde segunda-feira (13).

A prefeitura optou por interditar o poço da cachoeira, já que equipes técnicas fizeram vistorias e identificaram alto risco de deslocamento de rochas na parte baixa da cachoeira.

A visitação na parte alta será mantida normalmente, respeitando as condições climáticas. Ainda de acordo com a administração do município, por enquanto, não há previsão de fechamento desta área, mas isso pode mudar caso haja risco ao visitante.

  • Em janeiro do ano passado, a queda de uma parede de um cânion em Capitólio deixou dez pessoas mortas. As rochas deslizaram e caíram em cima de uma lancha, matando todos os ocupantes – que eram, em maioria, da mesma família.
  • Na época, os bombeiros explicaram que a formação rochosa do local é do tipo sedimentar, o que torna as estruturas dos paredões frágeis, e a quantidade de chuvas agravou a situação por acelerar a erosão.

O que causou a rachadura

 

município explicou que, na verdade, a rachadura apareceu depois da queda de um bloco de pedras na parede do topo da cachoeira, que possui 233 metros de altura. O ocorrido foi em 2021, mas só este ano a estrutura apresentou fissuras.

“Após a primeira ocorrência de queda de um bloco do topo da cachoeira do Tabuleiro, próximo a queda d´água no ano de 2021, o município iniciou verificações e estudos técnicos para avaliação de risco geológico-geotécnico do atrativo natural”, disse o município por nota.

 

Fissura é encontrada em estrutura de cachoeira do Tabuleiro, em Conceição do Mato Dentro — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Cachoeira monitorada

 

Na época, a prefeitura também interditou o local até a conclusão da análise preliminar. Ainda em 2021, foi constatado pelos técnicos que o incidente se tratava de um fenômeno de causas naturais, e a cachoeira foi reaberta em outubro do mesmo ano.

Já em abril de 2022, foi apresentado um novo relatório elaborado por uma empresa especializada, que indicou que a prefeitura fizesse monitoramentos periódicos da parede, na tentativa de identificar a formação e evolução das partes da cachoeira que são mais propensas a sofrerem quedas de blocos.

Segundo a prefeitura, meses depois, em outubro de 2022, uma nova empresa especializada de engenharia geotécnica foi contratada para fazer o mapeamento geológico/geotécnico, com o intuito de analisar os possíveis riscos dos paredões da Cachoeira do Tabuleiro.

Cachoeira do Tabuleiro é a maior cachoeira de Minas Gerais — Foto: Alexandre Sá/ TG

E já este ano, em uma outra vistoria, foi detectado o risco de deslocamento das rochas da parede da cachoeira, e ela precisou ser interditada de forma preventiva.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais utilizou um drone para conseguir visualizar a dimensão da rachadura ao longo do paredão de pedra.

A corporação informou que as rachaduras podem ter sido provocadas por diversos fatores, como chuva, ventos e raízes de vegetação.

“Importante salientar que a formação do local é composta por camadas de quartzito, onde possui características de descontinuidade em toda a sua extensão. Logo, as fissuras apresentadas sofrem ações de multi-fatores que podem levar à sua movimentação, como chuva, ventos e raízes de plantas, resultando em imprevisibilidade quanto ao desprendimento de maciços”, afirmou o Corpo de Bombeiros por nota.

Fonte – G1 MG

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