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Cadeia em Formoso terá fábrica de blocos de concreto

Ministério Público do Tocantins (MPTO), instituições e órgãos que atuam na área de execução penal assinaram, nesta quinta-feira, 18, um Termo de Convênio visando a implantação do Projeto Social de Oficina Permanente de Trabalho na Cadeia Pública de Formoso do Araguaia, originado a partir da instauração de procedimento administrativo por parte da Promotoria de Justiça da comarca. O objetivo é implantar uma fábrica de blocos de concretos, destinada a ofertar trabalho aos condenados dos regimes fechado e semiaberto da unidade penal.

Além do MPTO, o projeto envolverá Poder Judiciário, Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça, Cadeia Pública, Prefeitura, Câmara Municipal e Conselho Comunitário de Segurança e Defesa Social de Formoso do Araguaia (Conseg). A implantação da fábrica será possível com o aporte financeiro (para aquisição de materiais) destinado pelas partes, cabendo a cada um destes o gerenciamento do projeto dentro de sua área de atuação, ficando, ainda, sob a responsabilidade da prefeitura a disponibilização de um galpão.

A previsão é que a fábrica seja instalada no prazo de 60 dias, a partir da entrega dos materiais permanentes e de consumo. O preso que se voluntariar ao trabalho na fábrica terá o benefício da remição da pena, conforme a Lei de Execuções Penais.

O Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Formoso do Araguaia, também será responsável por fiscalizar o convênio e o programa, bem como por avaliar a concessão de benefícios legais aos apenados que tenham o direito ao trabalho.

Segundo o promotor de Justiça Rui Gomes Pereira da Silva Neto, o Ministério Público tem, entre suas diretrizes, a participação em projeto sociais que atendam às necessidades da comunidade, tendo como pressupostos a proteção e a efetivação dos direitos fundamentais. “O projeto vai tirar da ociosidade o apenado, que terá o dia de trabalho descontado na pena, e também vai colaborar com outros projetos sociais desenvolvidos no município”, explicou.

Pelo acordo, 75% da produção da fábrica serão disponibilizados ao Município de Formoso do Araguaia, que dará destinação social ao material. Os outros 25%, ficarão com a unidade prisional, que poderá utilizá-los diretamente, em permutas por materiais, em reformas ou até revendê-los, devendo a receita ser aplicada em favor da cadeia.

Assinaram o convênio o promotor de Justiça Rui Gomes Pereira da Silva Neto; o juiz de Direito Luciano Rostirolla; o prefeito de Formoso do Araguaia, Wagner Coelho de Oliveira; o presidente da Câmara de Vereadores, Robson Haritianã; o secretário de Cidadania e Justiça do Estado, Heber Luís Fidelis Fernandes; o diretor da Cadeia Pública, Miller Paulo de Azevedo; e o presidente da Conseg, Hilton Wagner da Silva.

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