A camada de gelo do Ártico nunca esteve tão próxima do desaparecimento, mesmo estando há quatro anos em extinção. Esse dado foi colocado em pauta pelo relatório do National Snow and Ice Data Center (NSIDC), órgão estadunidense encarregado de estudar regiões polares. De acordo com os especialistas, o grande bloco de gelo agora percorre 13,45 milhões de quilômetros. Isso significa uma redução 1,24 milhão de quilômetros maior, em comparação à queda da extensão entre os anos de 1981 e 2010.
Atualmente, as formações de gelo mais antigas constituem apenas 1,2% da superfície total. O grande problema neste fato é que as camadas mais velhas são vitais para manter a unidade do bloco, agindo como uma âncora para o gelo mais jovem e protegendo a extensão contra as tempestades. Tal fato está intimamente ligado ao derretimento das geleiras em massa, uma vez que o gelo mais jovem é mais fino e pode ser quebrado mais facilmente pelos temporais, que aquecem a superfície.
Os cientistas responsáveis pela pesquisa culpam o aquecimento global pela tragédia, que inclui a destruição do habitat de animais que vivem na região. Em média, é estimado que a grande camada desapareça em um período de cinco a dez anos. Já os blocos maiores de gelo podem sumir em meados dos anos 2030.
A única expectativa de salvação está no gelo considerado jovem, atualmente. Com grande parte formada nos últimos três ou quatro anos, essa porção tem aumentado significantemente. “Se esse gelo sobreviver à temporada de tempestades, a camada deverá recuperar a extensão antiga no inverno de 2019-2020”, afirmou o relatório da NSIDC. Porém, ainda não devemos comemorar essa possibilidade, uma vez que tal fenômeno natural é muito raro.
fonte: Casa & Jardim