Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado
Uma nova paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil e inclusive no Tocantins não está descartada. A informação é de membros da categoria no Estado que se dizem revoltados com o atual preço do diesel.
Reuniões decisivas entre líderes nacionais da estão acontecendo deste esta quinta-feira, 30. A Gazeta do Cerrado teve acesso exclusivo a áudios que seriam de uma suposta preparação para que o movimento tenha início em todos os estados.
“A greve vai voltar, vai parar tudo de novo, agora de forma mais intensa e violenta, já vou dizer, do que a anterior. Domingo meia-noite, não vai passar mais ninguém. Se tem carro, deixa o tanque cheio. Vai no mercado faz a comprinha e se preparem. Não viagem de segunda pra frete porque não vai passar”, diz o suposto membro do movimento grevista.
Apesar dos áudios estarem circulando nas redes sociais, não há confirmação ainda de que os caminhoneiros vão realizar uma nova paralisação e se realmente são membros do movimento.
Em maio deste ano, os caminhoneiros de todo o Brasil paralisaram os trabalhos. Palmas, foi a primeira capital do país a sofrer com os impactos da greve. Em poucos dias de paralisação, acabou o combustível em várias partes do Estado e alguns alimentos já não chegavam as prateleiras dos supermercados.
A Gazeta do Cerrado entrou em contato com o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto), Wilber Silvano.
Questionado se o sindicato teme uma nova paralisação, Silvano diz que acha pouco provável uma nova greve na atual situação em que o país se encontra.
“Acho dificil acontecer uma nova greve. Da outra vez que tivemos a paralisação, foram prejuízos incalculáveis não apenas para a economia mas para toda a sociedade. Uma nova paralisação às vésperas das eleições a gente não sabe nem o que aconteceria”, disse à Gazeta.
Nossa equipe continua tentando contato com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Tocantins para saber se há alguma articulação para nova greve.
Todavia, uma nota da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM) publicada nesta sexta-feira, 31, informou que a ABCAM jã solicitou à Casa Civil uma audiência que vai tratar do aumento de 14,4% no óleo diesel em alguns Estados da federação.
A entidade ressaltou ainda que entende que independente do aumento do preço internacional, o Governo deve cumprir a Medida Provisória e manter o desconto de R$ 0,46 no valor do combustível até o final do ano.
Confira a nota na íntegra
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou na noite desta quinta-feira (30) os novos preços de referência para o óleo diesel, que registram alta de até 14,4% em alguns Estados.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM), defensora dos direitos dos caminhoneiros autônomos do país e entidade responsável pelas negociações com o Governo durante a paralisação geral da categoria, informa que já solicitou à Casa Civil uma audiência para tratar do referido aumento.
A entidade entende que, independente do aumento do preço internacional, o Governo deve cumprir a Medida Provisória nº 838/2018 e manter a subvenção de R$ 0,46 do valor do diesel até o final do ano.
A Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o Governo Federal. A Associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação.
José da Fonseca Lopes – Presidente da Abcam