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Carlesse diz estar preparado para assumir Governo; OAB pede agilidade em novas eleições

(Foto: Koro Rocha)

 

O presidente da Assembleia, Mauro Carlesse, informou por nota que está preparado para assumir o governo.

Ele recebeu a notícia em São Paulo e está se deslocando para o Tocantins e assumirá assim que for notificado pela justiça eleitoral.

Em nota, a OAB-TO lamenta que o Estado esteja passando por mais um processo traumático de cassação de governador e vice por crimes eleitorais, e pede agilidade em novas eleições.

A senadora e pré-candidata ao governo, Katia Abreu também se manifestou após a cassação de Marcelo Miranda. Ela lamentar o ocorrido, porém acatando a presente decisão da nossa instância maior, em todos os seus termos. Em que pese todo transtorno, vamos aguardar os acontecimentos, esperando que os fatos sirvam de exemplo e esperança para um Tocantins renovado.

O pré-candidato ao governo do Estado Marlón Reis (Rede) afirma que o Estado está incrédulo com os efeitos da corrupção. “Estamos incrédulos com os efeitos devastadores da corrupção no nosso Estado, insatisfeitos com o modelo político vigente, tendo no coração um profundo desejo por mudança”, afirma em nota.

Veja a íntegra nota:

Com serenidade e responsabilidade o presidente Mauro Carlesse está preparado para assumir sua obrigação constitucional. Portanto, ele aguarda a comunicação oficial da Justiça Eleitoral para assumir a chefia do Executivo estadual. “A demora de mais de três anos para julgar o caso ocorrido ainda na eleição de 2014 mostra que a Justiça Eleitoral precisa encontrar meios de agilizar esse tipo de julgamento”, declara o órgão.

Nota da OAB:

OAB-TO lamenta novo cenário de instabilidade e clama por eleições limpas no Estado

A OAB-TO (Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins) lamenta que o Estado esteja passando por mais um processo traumático de cassação de governador e vice por crimes eleitorais. A demora de mais de três anos para julgar o caso ocorrido ainda na eleição de 2014 mostra que a Justiça Eleitoral precisa encontrar meios de agilizar esse tipo de julgamento.

Sem entrar no mérito da decisão legítima, não se pode demorar tanto tempo para definir questões importantes relacionadas as eleição de 2014. Foram mais de três anos sem resolver, fato semelhante ao ocorrido em 2009. Agora, a decisão muda a vida de mais de 1,5 milhão de habitantes, em um estado que ainda é muito dependente do poder público estadual.

Ao mesmo tempo, a OAB-TO defende que, em uma nova eleição direta, a Justiça Eleitoral publique o quanto antes regras claras, com prazos e normas. Vale o mesmo para a eventualidade desta nova eleição ser indireta.

Por outro lado, a OAB-TO volta a defender necessidade de eleições limpas no Estado, com uma nova forma de fazer política. O combate ao caixa 2 tem que ser prioridade 1 da Justiça Eleitoral e das instituições de controle. Os candidatos precisam se conscientizar que a disputa precisa ser correta, dentro das regras, com dinheiro declarado, sem compra de votos, sem extrapolar limites legais e sem uso da máquina pública.

O eleitor também tem que ter a consciência de exigir condutas condizentes dos políticos e valorizar o seu voto, não o trocando por migalhas, dinheiro ou qualquer bem. Como bem diz o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, “o voto não tem preço, tem consequência”. Pesquisar a ficha pública do candidato (a) em todos os níveis, conferir o histórico político e administrativo antes de escolher, verificar suas ideias é primordial.

O Brasil e o Tocantins estão passando por momento de depuração. Esse momento, claro, tem que ser feito respeitando o amplo direito de defesa de todos os acusados. A moralização não pode ocorrer desrespeitando preceitos constitucionais, mas ela precisa ocorrer.

A advocacia, como sempre, está à disposição para ajudar.

Walter Ohofugi Júnior

Presidente da OAB-TO

Carlos Correia

Presidente da Comissão

Confira a nota de Katia na íntegra:

Diante do atual cenário político do Tocantins, em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato nesta manhã, 22, do governador Marcelo Miranda e da sua vice-governadora Cláudia Lélis, respectivamente, venho lamentar o ocorrido, porém acatando a presente decisão da nossa instância maior, em todos os seus termos. Em que pese todo transtorno, vamos aguardar os acontecimentos, esperando que os fatos sirvam de exemplo e esperança para um Tocantins renovado.

Confira a nota de Marlón Reis na íntegra: 

Enquanto políticos correm para fazer conchavos para disputar uma nova eleição, sigo com o sentimento do povo tocantinense. Estamos incrédulos com os efeitos devastadores da corrupção no nosso Estado, insatisfeitos com o modelo político vigente, tendo no coração um profundo desejo por mudança.

Quando criamos a Lei da Ficha Limpa, em 2010, o principal objetivo era impedir que políticos com histórico comprovado de corrupção pudessem disputar cargos públicos e, consequentemente,  administrar o dinheiro que é do povo. Esse simples fato teria impedido o Tocantins de viver o que presenciamos hoje, mais uma vez um governador sendo cassado.

A corrupção tem raízes profundas no meio político tradicional do Estado e grande parte de seus atores tem ficha suja. São condenados e envolvidos em episódios ilícitos.

Tocantinenses, cabe a cada um de nós, que já não suportamos mais ver os recursos que seriam usados para beneficiar a população com serviços de saúde, educação, segurança, desenvolvimento social e cuidado com o meio ambiente, serem desperdiçados com a ganância e a falta de espírito público de pessoas sem escrúpulos.

Chega! Nosso Tocantins não pode mais passar por isso.

Mas fatos como esses não abalam a minha fé e nem a minha esperança que o Tocantins pode ser melhor para o seu povo. Por isso, reafirmo a minha pré-candidatura ao Governo do Tocantins. Tenho como credenciais a minha história, a vontade de mudar a forma de fazer política em nosso Estado e a minha ficha limpa.

Márlon Reis

Pré-candidato | Rede

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