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Caso Patrícia: Juiz adia de novo julgamento de acusado de matar a ex na capital

Foto – Divulgação

A Justiça adiou mais uma vez o julgamento de Iury Italu Mendanha, acusado de matar a ex-namorada Patrícia Aline dos Santos, em Palmas, em agosto de 2018. O Tribunal do Júri estava marcado para a próxima terça-feira (16). Mas no dia ocorrerá a eleição para a escolha do novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Tocantins, motivo pelo qual a sessão foi prorrogada.

A decisão publicada nesta sexta-feira (12) é do juiz Cledson José Dias Nunes, titular da 1ª Vara Criminal de Palmas. O magistrado remarcou o julgamento para o dia 29 deste mês, a partir de 08h20.

O pedido para o adiamento foi feito pelo advogado do acusado, Paulo Roberto da Silva. Ele argumentou que o voto na eleição da OAB é obrigatório e que o domicílio eleitoral dele fica em Araguaína, distante 400 km de Palmas, onde o Tribunal do Júri será realizado.

O juiz reconheceu a existência de justa causa para o não comparecimento do advogado à sessão e acolheu o pedido de adiamento.

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“No ponto, é consabido que o município de Araguaína está localizada a aproximadamente 400 km desta capital, o que por certo impede que o advogado concilie a defesa do acusado em sessão plenária e exerça seu dever classista na mesma data”, alegou o juiz.

Outros adiamentos

 

Essa não é a primeira vez que o julgamento de Iuri Italu é adiado. O Júri Popular chegou a ser marcado para novembro do ano passado, mas acabou sendo prorrogado devido à pandemia de coronavírus. Meses depois, o processo foi suspenso e a defesa pediu anulação, alegando suposta falta de acesso a trechos do inquérito policial. O pedido não foi aceito pela Justiça.

Neste ano, o julgamento seria realizado em agosto, mas foi remarcado outra vez para o dia 16 de novembro.

Assassinato

O assassinato de Patrícia Aline ganhou notoriedade após a divulgação de mensagens dela a uma amiga falando do medo de ser morta pelo ex-namorado. Iury Italu confessou o crime, tanto em um vídeo divulgado pela Polícia Civil do Tocantins como durante o interrogatório perante o juiz na audiência de instrução.

O corpo da jovem foi localizado em um terreno baldio perto de um shopping da capital. A investigação da Polícia Civil aponta que a vítima foi executada por ciúmes.

O réu ficou foragido por alguns dias após o crime e acabou sendo localizado no interior do estado. Quando foi preso, Iury Italu confessou o assassinato e até deu detalhes de como tudo aconteceu.

Um amigo dele que teria ajudado na fuga também chegou a ficar preso, mas não foi a julgamento porque a prisão preventiva durou mais tempo do que a pena máxima possível para o crime pelo qual ele respondia.

Durante o interrogatório na audiência de instrução do caso, Iury Italu disse que não tinha planejado o crime, mas que se descontrolou após Patrícia mostrar uma foto que comprovava uma traição.

Fonte – G1 TO

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