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Casos de picada de aranha aumentam quase 30% em dois anos no país

Aranha marrom – Foto – Divulgação

O aumento de temperatura favorece a proliferação de aracnídeos, como a aranha-marrom, por exemplo. No início de janeiro, um homem de 31 anos foi picado pelo animal enquanto dormia na Praia Grande, litoral de São Paulo. Ele teve o dedo indicador da mão amputado após o membro necrosar em decorrência do veneno do animal.

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Segundo o Ministério da Saúde, entre 2021 e 2023 houve aumento de 25,96% nos casos de acidentes envolvendo picadas de aranha (29.133 registros passando para 36.698). Quando analisado os óbitos, no primeiro ano, 23 pessoas morreram em decorrência dos agravamentos da situação e, no ano passado, 39 mortes foram registradas.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Antonio Carlos da Costa, destaca que, muitas vezes, as pessoas não buscam atendimento médico em casos de picada de animais peçonhentos. “É importante que busquem esse assistência para que todas as providência sejam tomadas e evitem sequelas”, destaca.

A maior parte dos acidentes com aranha são leves, sem lesões e risco de morte, porém, é importante saber como agir para buscar a solução mais adequada. “É da cultura popular achar que sugar o veneno é uma ação eficaz. Porém, isso não tem efeito. Além disso, não se deve tampar ou fazer um torniquete no local da mordida, isso pode até prejudicar o tratamento”, explica o médico membro da SBCM, Trajano Sardenberg.

Entre as orientações estão, ainda, lavar bem o local da picada com água e sabão comuns e buscar imediatamente atendimento médico. “Também é indicado que a mão fique levantada para diminuir o edema (inchaço) no local do ferimento. Se possível, também mantenha a aranha em um frasco com álcool, para mostrar ao médico”, diz.

Dependendo da espécie da aranha e da gravidade do caso é necessário administrar soro antiaracnídico. “Outros casos podem ser tratados com analgésicos e antialérgicos. Existem diferentes tipos de venenos de aranhas e cada um reage de uma maneira no momento da picada. Sendo assim, o mais indicado é sempre procurar um médico neste tipo de acidente”, enfatiza.

Fonte – Ascom Sociedade Brasileira de Cirurgia na Mão

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