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Causador de doenças graves, secretaria alerta sobre proliferação de caramujo africano na Capital

Caramujo Africano- Reprodução Google Imagens

Você sabia que existem duas doenças graves que o caramujo africano pode transmitir? E em período de chuva o cuidado com a proliferação de caramujos deve ser redobrado, pois além dessas doenças seu casco também pode servir como criadouro do mosquito Aedes aegypti.

Dentre as medidas de controle mais recomendadas destaca-se a prática que objetiva diminuir a população da praga sem a utilização de produtos tóxicos com o manejo adequado da área atacada através da limpeza de terrenos baldios e da eliminação de entulhos, lixos, restos de culturas, folhas amontoadas, plantas hospedeiras ou qualquer material ou substrato que possa servir de esconderijo para o caracol gigante africano.

De acordo com o biólogo da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses de Palmas (UVCZ), Anderson Brito, uma das preocupações com o caramujo africano é a transmissão de doenças raras como a Angiostrongilíase meningoencefálica humana. “A contaminação pode ocorrer por ingestão ou pela simples manipulação dos caramujos vivos, sem devida proteção. Os vermes são encontrados na secreção dos moluscos”. Outra doença transmitida pelo caramujo é a Angiostrongilíase abdominal, que causa perfuração intestinal e hemorragia abdominal.

Ele ainda explica que no período chuvoso o crescimento populacional do molusco é maior. “Essa espécie é extremamente prolífera, principalmente na estação chuvosa, alcançando a maturidade sexual aos quatro e cinco meses e realizam até quatro posturas anuais, com cerca de 200 ovos por postura”, reforçou ele.

Recolhimento

O biólogo enfatiza que, em residências (jardins, hortas, pomares) ou bairros, é importante a coleta dos caramujos e os ovos manualmente, utilizando uma luva de borracha ou similar ou até mesmo uma pá e colocá-los em sacos plásticos. “Em caso de contato acidental, basta apenas lavar as mãos com água e sabão. Os melhores horários para o procedimento de coleta são logo pela manhã ou no final da tarde”, explica.

Não é recomendado o uso de sal para controlar os caramujos, para evitar a salinização do solo, destruindo o gramado e as plantas por muitos anos. A utilização de venenos (lesmicidas – granulados que devem ser colocado no terreno) só deve ser usada nos casos em que a catação não é possível ou não esteja sendo eficaz.

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