O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira, 30, o primeiro balanço da coleta do Censo Demográfico 2022. Desde o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 29 de agosto, foram recenseadas 427.358 pessoas, em 140.288 domicílios no Tocantins. Destas, 49,3% são homens e 50,7% mulheres. Conforme os dados, já foram contados 7.355 indígenas (1,63% da população recenseada no estado) e 4.372 quilombolas (1,13%).
No hotsite do Censo 2022 (https://censo2022.ibge.gov.
A maior parte dos questionários (99,7% ou 139.932) foi respondida no Tocantins de forma presencial, sendo que 168 domicílios optaram por responder pela internet e 188 pelo telefone. Cerca de 1,78% dos domicílios tocantinenses se recusaram a responder o Censo. Em comparação com a recusa da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do 2º trimestre deste ano (3,06%), o índice é bem menor. De toda forma o Instituto espera reduzir esse percentual até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência.
Em relação ao tipo de questionário aplicado no domicílio, 78,5% dos domicílios tocantinenses responderam ao questionário básico, que tem 26 perguntas e 21,5% ao ampliado, que tem 77 perguntas. O tempo mediano de preenchimento tem sido de 6 minutos para o questionário básico e de 18 minutos para o questionário ampliado.
O IBGE ressalta que os recenseadores estão sempre uniformizados com o colete, boné do Censo, crachá de identificação e o Dispositivo Móvel de Coleta (DMC). Além disso, é possível confirmar a identidade no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Ambos constam no crachá do entrevistador, que também traz um QR code que leva à área de identificação no site. Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.
Processos seletivos
O Instituto está enfrentando dificuldades relativas à falta de pessoal para atuar como recenseador em determinados locais. Em todo o país, o IBGE conta com 144.634 recenseadores em ação, 78,8% do total de vagas disponíveis. No Tocantins, são 1.175 recenseadores em campo, ou seja, 85,3% do total.
O estado com maior deficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 51,2% do número de vagas. Já Alagoas está com 99,6% dos postos ocupados. “Onde o desemprego é menor, é mais difícil despertar o interesse das pessoas para trabalharem temporariamente como recenseador”, esclarece Duarte
Para resolver o problema, o IBGE lança periodicamente editais de processos seletivos complementares, uma rotina administrativa prevista em todos os Censos. O último processo seletivo encerrou as inscrições em 29 de agosto, com 6.514 vagas de Recenseador e 251 vagas de Agente Censitário Municipal (ACM) e Agente Censitário Supervisor (ACS). No Tocantins foram disponibilizadas 64 vagas de Recenseador e 2 vagas de ACS.
Cenário nacional
No Brasil, 58.291.842 pessoas haviam sido contadas em 20.290.359 domicílios até esta segunda-feira. Desse total, 36,51% estavam na região Nordeste, 35,51% no Sudeste, 11,87% no Sul, 9,44% no Norte e 6,67% no Centro-Oeste. Até o momento, 47,8% da população recenseada era de homens e 52,2% de mulheres. Além disso, 450.140 indígenas (0,77%) e 386.750 quilombolas (0,66%) já foram contados. O percentual de recusa no país estava em cerca de 2,3%.