Ícone do site Gazeta do Cerrado

Censo 2022: mulheres responsáveis por domicílios cresce 29,3% no TO; Veja dados em detalhes!

 

Segundo o Censo 2022, das 514.386 unidades domésticas do Tocantins, 47,2% tinham como responsáveis mulheres. Comparado ao Censo 2010, as unidades domésticas que tinham mulheres no comando eram 36,5% na ocasião, ante 63,4% de homens.

 

Apesar do crescimento no estado, o número de mulheres responsáveis ainda está abaixo da média nacional de 49,1%. As informações são do “Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos informados: Resultados do universo”, divulgado na última sexta-feira (25) pelo IBGE.

Publicidade

 

No Tocantins, unidades domésticas formadas por casais sem filhos atinge 20,1%

 

As informações sobre a distribuição em unidades domésticas por presença de cônjuge e filhos também foram investigadas. Em 2010, 15,9% dos domicílios eram compostos por casais sem filhos e, em 2022, subiu para 20,1% deles.

 

O maior número continua sendo de domicílios formados apenas pelo responsável, cônjuge e filho de ambos somente, com 30,3%. Os que têm filhos ou enteados, mas sem cônjuges, são 15,5%, já os que possuem filhos somente de um dos cônjuges são 9,65% do total. Domicílios com outros tipos de composição representaram 24,2% no estado.

 

Domicílios com cônjuges do mesmo sexo cresce mais de dez vezes em 12 anos no Tocantins

 

No Censo 2010, apenas 151 das 399.504 unidades domésticas no estado eram compostas por casais do mesmo sexo. Em 2022, o número cresceu consideravelmente, atingindo 1.620 domicílios.

 

A nível Brasil também teve um crescimento alto, saindo de 59.957 unidades domésticas nesta condição em 2010 para 391.158 no último levantamento.

 

“Embora ainda seja um percentual pequeno, o aumento de unidades domésticas formadas por casais do mesmo sexo foi bastante expressivo. A proporção passou de 0,10% em 2010 para 0,54% em 2022, representando, em números absolutos, um aumento de cerca de 60 mil para 391 mil domicílios”, observa o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi.

 

O Tocantins ainda registrou, em 2022, 307.960 domicílios com responsável e cônjuge do mesmo sexo e 204.806 unidades domésticas sem cônjuges.

 

Cerca de 62% dos responsáveis pelas unidades domésticas no estado tinham 40 anos ou mais

 

Na soma da faixa de idade, pessoas de 40 a 59 anos (39,6%) e 60 anos ou mais (22,9%) representaram 62% dos responsáveis pelos domicílios no estado. Na faixa dos 25 aos 39 anos, foram 30,1%; 18 a 24 anos foram 6,85% e até 17 anos era de 0,48% do total.

 

Pardos são maioria no comando dos lares do Tocantins

 

De todas as unidades domésticas do estado, 313.317 (60,9%) têm como responsáveis pessoas autodeclaradas pardas, taxa muito superior aos 43,8% do total no país.

 

Em seguida, 113.997 (22,1%) pessoas brancas estão nesta condição; responsáveis da cor preta representaram 81.389 (15,8%) e pessoas amarelas foram 1.469 (0,28%).

 

As unidades domésticas que tinham como responsáveis indígenas no estado foram de 0,81% (4.192), sendo a 8ª maior taxa do país.

 

Número de óbitos é maior entre homens no estado

 

Entre agosto de 2021 e julho de 2022, 12 meses antes da data de referência do Censo Demográfico 2022, foram contabilizados 8.862 óbitos no Tocantins, sendo 5.319 (60,0%) homens e 3.543 mulheres (40,0%). No Brasil, houve um número mais equilibrado. Foram somadas 1.326.138 mortes, sendo 722.225 (54,5%) de homens e 603.913 (45,5%) de mulheres.

 

A faixa etária que teve mais óbitos entre os homens e as mulheres foi a de 80 a 84 anos, com 514 mortes registradas para eles e 408 para o sexo feminino.

 

Tocantins tem a maior sobremortalidade masculina entre as UFs

 

A maior razão de sexo dos óbitos e, consequentemente, a maior sobremortalidade masculina se encontra no estado do Tocantins, com 150 óbitos masculinos para 100 óbitos femininos, resultando em uma sobremortalidade masculina de 1,50 vezes. Em seguida, Rondônia (1,48), Roraima (1,47), Mato Grosso (1,42), Amapá (1,41), Amazonas (1,37) e Pará (1,36), todos acima da média nacional (1,20). A menor sobremortalidade masculina foi encontrada no Rio de Janeiro (1,05).

 

Mais sobre a pesquisa

 

O Censo Demográfico é a principal fonte de referência sobre as condições de vida da população em todos os municípios do país e em seus recortes territoriais internos. Esta divulgação traz resultados do universo da pesquisa sobre dois temas: a composição domiciliar, baseada na relação de parentesco ou de convivência dos moradores com a pessoa responsável pelo domicílio, e a informação da ocorrência de óbito entre as pessoas moradoras de um mesmo domicílio.

Sair da versão mobile