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Chacina em Miracema: força-tarefa tem cinco equipes investigando série de mortes que chocou o Tocantins

Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Uma força-tarefa foi montada pela Polícia Civil para investigar a série de mortes que aconteceu em Miracema nesse último final de semana, após a morte do 2º sargento da Polícia Militar Anamon Rodrigues na noite de sexta-feira, 04.

Sargento da PM morreu durante troca de tiros com criminosos, em Miracema do Tocantins — Foto: Arquivo Pessoal

A primeira, foi a morte de Valbiano Marinho, suspeito de matar o policial militar. Há duas versões, a da Polícia, que afirma que ele foi morto a tiros dentro da casa da família, e a da mãe, Maria do Carmo de Paula, que diz que teve a casa invadida pelos policiais, e que o homem foi morto na porta de casa e estava algemado quando foi assassinado.

Maria do Carmo Paula disse que viu tiroteio em Miracema do Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Logo em seguida, na madrugada de sábado, 05, o pai de Valbino, Manoel Soares de 67 anos e o filho dele Edson Marinho de 34, foram executados dentro da delegacia por 15 homens encapuzados enquanto prestavam depoimento.

Já na manhã do sábado, três jovens foram encontrados mortos em uma rua de Miracema. Os rapazes são: Aprigio Feitosa da Luz, de 24 anos; Pedro Henrique de Sousa Rodrigues de 21 e Gabriel Alves Coelho de 18 anos. Nenhum possuía histórico criminal.

Força-tarefa

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram instaurados inquéritos para apurar todos os acontecimentos que envolveram a morte do policial militar e de Manoel, Edson, Aprigio, Pedro Henrique e Gabriel, no último sábado, 05. Devido à complexidade do caso, uma força-tarefa foi montada para as investigações, objetivando a devida apuração de todos os acontecimentos.

A pasta ainda informou que nenhuma linha de investigação foi descartada e a Polícia Civil está com várias frentes de trabalho. Estão envolvidas na força-tarefa: a Diretoria de Repressão a Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO); a 6ª Divisão de Repressão ao Crime Organizado (6ª DEIC); 1ª Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (1ª DHPP);  5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Paraíso do Tocantins (5ª DRPC-TO), e 67ª Delegacia de Polícia de Miracema-TO.

A Polícia Civil reforçou que as equipes estão empenhando todos os esforços para que o caso seja devidamente elucidado.

Até esta quinta-feira, 10, cinco dias após a onda de violência, ninguém foi preso. Ainda não se sabe quem são os encapuzados que invadiram a delegacia na cidade, renderam um agente e uma escrivã e executaram Manoel e Edson, ambos sem passagem criminal.

Um jovem de 18 anos que estaria junto com os outros três rapazes mortos, sobreviveu a um tiro nas costas. Segundo informações, ele conseguiu fugir mesmo ferido e passou por cirurgia e está estável sob escolta durante 24 horas por dia.

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