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Chegada do inverno pode agravar situação da Covid e médico do TO alerta: “Pandemia não acabou e nem vai acabar”

Neilton Araújo - Assessor do Ministério da Saúde no Tocantins - Foto - Divulgaçao

Neilton Araújo é médico Assessor do Ministério da Saúde no Tocantins – Foto – Divulgação

Lucas Eurilio

Especialistas  brasileiros estão preocupados com o aumento dos vírus respiratórios e também com aumento dos casos de Covid por conta  da chegada do inverno, entre junho e setembro.

Em entrevista à Rádio CBN esta semana, o epidemiologista Wanderson Oliveira disse que a transição do outono – estação na qual estamos – para o inverno deve agravar mais ainda a situação do país.

Wanderson alegou ainda que é esperado para os próximos meses o aumento da transmissão de vírus respiratórios e consequentemente da Covid-19.

Mas o Tocantins entra agora em seu período de estiagem, onde as chuvas vão ficar mais escassas e as temperaturas devem ficar nas alturas…. Então… Há riscos para Estado quando chegar o inverno? SIM!

Nossa equipe conversou nesta terça-feira, 27, com o médico assessor do Ministério da Saúde e especialista em Saúde, Neilton Araújo. Ele explicou que há sim perigo não apenas para o TO, mas em todo o Brasil.

“Aí é em todo o Brasil… Nosso período de mais vírus respiratórios está iniciando, com variação de semanas nas várias regiões brasileiras. Por isso iniciamos a vacinação da gripe em abril. Se os vírus respiratórios só contaminarem alguém de uma casa ou trabalho,  vai ser transmitido para os demais com facilidade, imagine o Coronavirus que tem um poder de trabsmissibikidade muito maior”. 

O especialista disse ainda que apesar da vacinação ter ajudado a diminuir as taxas de propagação do Corona, a imunização está atrasada e lenta.

“A vacinação contra Covid-19 vai ajudando muito, pois quanto mais pessoas vacinadas menor a taxa de propagação do Corona, porém nossa vacinação está atrasada e lenta, porque não tem vacinas, o Brasil dormiu no ponto e tardou a contratar as vacinas”, explicou. 

Além do mais, Neilton disse que será frequente pacientes chegarem nas unidades de saúde com gripe, quando na verdade estão com Covid-19 ou vice e versa.

“Vai ser muito frequente as pessoas chegarem nos serviços de Saúde com “gripe” e vai ver é Covid-19, e vice versa. Teremos portanto um incremento no número de pessoas que procurarão unidades de saúde”. 

O médico tocaninense alertou que mesmo com sinais de dminuição de mortes diárias e casos, o relaxamento das medidas de segurança para conter o Coronavirus continua sendo um dos maiores desafios. Ele disse ainda que é preciso compreender que a Pandemia não acabou e que vamos precisar conviver com o vírus.

Mesmo com alguns sinais de diminuição de casos e de mortes (efeito da vacinação e isolamentos em várias cidades e regiões), a reabertura de serviços e comércio sem os cuidados necessários, e achar que a Pandemia acabou, são nossos maiores desafios. A Pandemia não acabou e nem vai acabar… precisamos compreender e aprender a conviver com ela, tal como convivemos com outras diversas gripes e as respectivas vacinações anualmente.
Falta mais informação e campanhas de esclarecimento para a população, mais respeito aos conhecimentos científicos, mais responsabilidade e articulação das autoridades e, principalmente, mobilização da sociedade, concluiu. 

Pandemia no Tocantins

Conforme o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-TO), o Estado registrou nesta terça-feira, 759 novos casos e acumula 157.616 casos da Covid-19.

Jã são 138.446 mil recuperados e 16.682 estão em isolamento.  No total, morreram 2.488 tocantinenses complicações do doença. Cinco hospitais estão em colpaso por falta de Leitos de UTI.

Veja todos os detalhes da situação do estado abaixo

PANDEMIA NO TO: Estado registra 759 novos casos e morte de mais 15 tocantinenses; Falta de leito em 5 hospitais

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