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Cientistas criam ferramenta que pode ajudar a detectar vida extraterrestre

Vida extraterrestre: identificar quais bioassinaturas são exclusivas a vida é um desafio na busca por aliens (Apostoli Rossella/Getty Images)

Pesquisadores da Universidade de Glasgow, em colaboração com a Nasa e a Universidade do Estado de Arizona, afirmam ter criado um método para auxiliar na busca por vida extraterrestre através do monitoramento de sinais moleculares complexos.

O método, chamado Teoria de Montagem, usa espectrometria de massa para quebrar moléculas em pedaços menores e contabilizar elas como partes únicas. Isso dá uma imagem mais clara de como uma determinada assinatura molecular complexa surgiu, se foi pela evolução da vida ou por acaso.

A pesquisa, publicada no periódico científico Nature, segue a seguinte lógica: quanto mais pedaços únicos, mais provável que o objeto seja complexo e o produto de um processo de evolução. Além disso, quanto mais etapas forem necessárias para desconstruir uma determinada molécula complexa, mais improvável é que essa molécula tenha sido criada sem vida.

“É baseado na ideia de que apenas sistemas vivos podem produzir moléculas complexas que não poderiam se formar aleatoriamente em abundância”, disse o professor Cronin, principal cientista no estudo. “Isso nos permite contornar o problema de definir a vida — em vez disso, focamos na complexidade da química.”

Cronin descreve a teoria como “a primeira hipótese falseável para detecção de vida”. Uma hipótese falseável é aquela que pode ser provada ou refutada através de evidências lógicas.

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Como a técnica não pode ser usada na Terra, os pesquisadores acreditam que ela pode ser implementada em missões fora do planeta para detectar bioassinaturas ou o surgimento de novas formas de vida artificial.

Na busca por vida extraterrestre, identificar quais bioassinaturas são exclusivas a vida é um desafio. A sonda Viking Martian da Nasa, por exemplo, consegue detectar moléculas simples, mas sua existência pode ser explicada através de “processos naturais não vivos”, afirma o grupo de pesquisa. A nova técnica pode melhorar o sistema existente.

“Isso é importante porque desenvolver uma abordagem que não pode produzir falsos positivos é vital para apoiar a primeira descoberta de vida fora da Terra, um evento que só acontecerá uma vez na história da humanidade”, disse Cronin.

Fonte: Exame

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