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Cientistas japoneses inventam luz “flutuante”

(Bannosuke/Thinkstock)

Engenheiros japoneses anunciaram ter criado uma pequena luz eletrônica do tamanho de um vaga-lume, que é capaz de ser suspensa por ondas de ultrassom e pode eventualmente ser utilizada em telas móveis e até projeção de mapeamento.

Chamada de Lucíola por sua semelhança com o vaga-lume, a partícula super leve pesa 16,2 miligramas, tem diâmetro de 3,5 milímetros e emite um brilho vermelho que pode iluminar um texto.

Mas seu tamanho minúsculo esconde o poder de 285 micro caixas de som que emitem ondas ultrassônicas que sustentam a luz no ar e têm uma freqüência inaudível ao ouvido humano, permitindo que Lucíola funcione em aparente silêncio total.

Levou dois anos para Lucíola chegar a esse ponto, disse o especialista em design de circuitos Makoto Takamiya, um membro do Kawahara Universal Information Network Project, que desenvolveu o dispositivo.

“Em última análise, minha esperança é que tais objetos minúsculos tenham capacidades de smartphones e sejam construídos para flutuar por ai e ajudar em nossas vidas cotidianas de maneiras mais inteligentes”, disse o professor da Universidade de Tóquio, que espera que o produto seja comercialmente viável em cinco a dez anos.

Os desenvolvedores esperam que Lucíola encontre aplicações na chamada Internet das Coisas, em que objetos comuns, como carros ou eletrodomésticos, sejam conectados entre si, enviando e recebendo dados.

Equipado com sensores de movimento ou temperatura, Lucíola poderia voar para esses objetos para enviar uma mensagem ou ajudar a compor uma tela em movimento com múltiplas luzes que possam detectar a presença de humanos ou participar de eventos de projeção.

O Projeto de Rede de Informação Universal da Kawahara é um programa financiado pelo governo japonês que faz parte da Agência de Ciência e Tecnologia do Japão e explora os avanços nas tecnologias de informação e comunicação.

Por Hideki Kato, da Reuters

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