Ícone do site Gazeta do Cerrado

Cinebiografia: Filme vai mostrar origem e ideais de Marielle Franco

Ainda em estágio inicial de desenvolvimento, o filme sobre a vida de Marielle Franco quer esclarecer quem foi a jovem da Maré que se tornou vereadora e, hoje, representa a luta contra intolerância e violência no Brasil.

Como antecipado pela coluna de Ancelmo Gois, a cinebiografia está sendo tocada pela produtora Paula Barreto, filha de Lucy e Luiz Carlos Barreto. João Paulo Reys deve ficar a cargo do roteiro, junto com Flavia Guimarães (“Berenice procura”, de 2017), e Jorge Mautner cuidará da parte musical.

— Eu já conhecia a Marielle porque ela era uma das melhores amigas da minha filha, mas foi assistindo a um depoimento dela em um documentário do João Paulo Reys sobre a intervenção do Exército durante as Olimpíadas, ainda em fase de finalização, que percebi como ela era extraordinária. Logo depois, aconteceu o assassinato — conta Paula Barreto, que ainda não escolheu o diretor.

O longa será uma ficção e vai focar na origem de Marielle, que cresceu na Maré e viraria a 5ª vereadora mais votada no Rio. Ela e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros na última quarta-feira, no Centro, quando voltavam de um evento na Lapa. O filme, ainda sem título e data de lançamento, vai contar com atores e equipe vindos da Maré. A renda obtida será destinada aos moradores do complexo.

— Queremos contar onde ela foi criada, a influência da Maré nela e como se transformou nessa líder que perdemos. O que importa, agora, são os seus ideais — explica Paula, que espera que o filme sirva de reação às informações falsas sobre a vereadora espalhadas nas redes sociais. — Fiquei assustada quando entrei no Facebook e vi a quantidade de haters. Muita gente a denegrindo, sem saber se as informações são verdadeiras ou não. As pessoas não se preocupam em saber de onde vem a notícia. Há milhares de Marielles no Brasil, precisamos contar essa história.

Por Fabiano Ristow, do O Globo

 

Sair da versão mobile