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Clima de instabilidade política em Lajeado; Cargos do 1º e 2º escalão ficam vagos

Entrada de Lajeado, Foto: Regilan Marinho de Sá

Equipe Gazeta do Cerrado

Foto: Regilan Marinho de Sá

O clima em Lajeado é de instabilidade política após a cassação do prefeito eleito em 2016, Tercio Melquíades (PSD) e do vice Gilberto Borges (PSC).


O Diário Oficial já trouxe a exoneração a pedido dos membros do primeiro e segundo escalão.

Fonte: Diário Oficial do Município de Lajeado

A Câmara ainda não convocou a nova sessão para que o presidente José Edival Gome assuma.

“Estou deixando a Câmara arrumada e quero pegar a prefeitura arrumada também”, disse o presidente da Câmara.

O TRE ainda vai divulgar o calendário para as novas eleições e a defesa do prefeito afastado disse que vai recorrer no TSE.

A cassação

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgou com unanimidade a ação que anula as eleições de 2016 em Lajeado, cassando o atual prefeito Tercio Melquíades (PSD) e seu vice Gilberto Borges. Novas eleições devem ser realizadas.

A decisão do TRE sobre a cassação do prefeito Tércio Melquiades saiu na segunda-feira, 21. A ação, foi promovida pelo segundo colocado nas eleições de Lajeado, em 2016, Antônio Luiz Bandeira Júnior, que apurava abuso de poder político e compra de votos.

Bandeira diz que o objeto de investigação foi a promessa de doação de aproximadamente 250 lotes em troca do voto, o que causou o desequilíbrio político no município.

Grupos aliados a Junior comemoram a cassação de Tercio.

Entenda o caso

Após a decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE) determinar a cassação de prefeito de Lajeado, Tercio Melquíades (PSD) e o vice Gilberto Borges (PSC) na manhã dessa segunda-feira, 21, o órgão informou à Gazeta que deve elaborar um calendário com o prazo para as novas eleições no município.

“Assim que a decisão for disponibilizada no Acórdão no Diário da Justiça Eleitoral, o presidente do TRE Tocantins irá oficiar o juiz eleitoral da 5ª Zona Eleitoral de Miracema do Tocantins para que notifique o presidente da Câmara sobre a decisão do TRE Tocantins, afastando o prefeito e vice-prefeito de Lajeado do cargo. O TRE Tocantins irá elaborar as Resoluções com o calendário eleitoral, fixando os prazos para o pleito. A data ainda será definida pelo TRE Tocantins”, informou o Tribunal à Gazeta.

Os mandatos do prefeito e vice foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) durante sessão realizada em setembro. Para a Justiça, eles foram beneficiados com um esquema que envolvia compra de votos nas últimas eleições municipais ocorridas em 2016.

Após a cassação, o prefeito entrou com um pedido de embargos de declaração, mas o pedido terminou de ser julgado nesta segunda-feira (21), sendo negado por unanimidade. Os embargos declaratórios servem com instrumento jurídico para pedir esclarecimento uma decisão que mostre contradição, obscuridade ou erro.

As partes ainda podem ingressar com um recurso especial no Tribunal Superior Eleitoral, mas esse recurso não impede a realização de novas eleições e os afastamentos, conforme o TRE. Quem vai assumir o município é o atual presidente da Câmara de Vereadores, José Edival Gomes (MDB).

O advogado Solano Donato, informou que o prefeito Tércio Melquíades está sendo cassado por supostamente ter sido beneficiado por ato praticado por outra gestão. Afirmou que a defesa vai apresentar recurso contra o acórdão do TRE porque todas as decisões anteriores eram favoráveis ao prefeito, além de pedir medidas cautelares para suspender a realização de novas eleições. “Estamos confiantes que vai haver uma reforma pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).”

Ação movida contra o prefeito

A ação contra o prefeito e vice foi promovida pelo segundo colocado nas eleições de Lajeado de 2016, Antônio Luiz Bandeira Júnior, o qual alegou que a ex-prefeita Márcia da Costa Reis iniciou um loteamento irregular, de aproximadamente 250 terrenos, para distribuir a eleitores, com a finalidade de beneficiar eleitoralmente o prefeito eleito Tercio Melquiades e vários candidatos a vereadores.

Durante os votos, os juízes destacaram que embora o prefeito e vice-prefeito não tenham participado diretamente do esquema de doação de lotes, foram beneficiados, que por si só, conduzem a cassação dos mandatos. Além disso, citaram ainda que um dos articuladores do esquema de distribuição de lote, o suplente a vereador Thiago Pereira da Silva, era um dos líderes da campanha do prefeito.

Em nota oficial, após ser cassado, o prefeito Dr. Tércio disse receber com surpresa o resultado da votação do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE), pois entendeu de forma diversa de dois julgamentos eleitorais anteriores que haviam afastado qualquer condenação. Afirmou ainda que não participou, autorizou ou anuiu com qualquer prática ilícita.

Em nota oficial, após ser cassado, o prefeito Dr. Tércio disse receber com surpresa o resultado da votação do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE), pois entendeu de forma diversa de dois julgamentos eleitorais anteriores que haviam afastado qualquer condenação. Afirmou ainda que não participou, autorizou ou anuiu com qualquer prática ilícita.

 
 
 
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