Uma das mais novas e importantes fronteiras agrícolas do País, o Tocantins se prepara para a colheita do milho safrinha. O período do plantio, que se iniciou após a colheita da soja, tem a perspectiva de superar a quantidade de grãos do ano passado.
Segundo o engenheiro agrônomo, Guilherme Antônio do departamento técnico da cooperativa Frísia Agroindustrial, em comparação com 2021, há uma estimativa de 20% de acréscimo de produtividade para este ano. Só dentro da área dos associados da Frísia, a extensão da colheita pode ultrapassar 6 mil hectares.
O aumento de produtividade tem sido um dos grandes desafios por parte de técnicos e produtores de milho safrinha no TO. Um dos principais fatores de sucesso no seu cultivo é a escolha correta da época de plantio e das cultivares a serem utilizadas em cada região.
“As perspectivas para o milho safrinha estão muito boas devido a época de plantio. Por conta das chuvas, conseguimos plantar e colher a soja mais cedo e com isso, pudemos fazer o plantio do milho e do sorgo dentro de uma janela muito boa. Para este ano, estamos estimando um acréscimo de 20% de produtividade em relação ao ano passado. Os resultados se tornam visuais, por enquanto, mas as primeiras áreas colhidas mostram números positivos”, explica o engenheiro da Frísia.
Caracterizado por um curto intervalo de tempo entre a colheita da soja e o plantio do milho, o plantio da safrinha deve aproveitar, ao máximo, o final das chuvas na região. A data de plantio define a disponibilidade de água para a safrinha, portanto, é fundamental conhecer o comportamento das cultivares em diferentes épocas e estabelecer a data limite para a realização da semeadura, para garantir o retorno econômico do cultivo do milho safrinha.
No Estado, a estimativa para 2022 é extremamente positiva. De acordo com dados do 8° levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Tocantins já ultrapassou os 322 mil hectares de milho na safra atual, na segunda safra, o que equivale ao aumento de 43,1% da área plantada em relação à safra passada. A produção deve chegar a 1,506 milhão de toneladas do grão, um aumento de 63% em relação à safra anterior.
De acordo com Márcio Ketterer, coordenador de operações da Frísia, a recepção de milho no entreposto na unidade de Dois Irmãos, nova unidade da Frísia Agroindustrial no Tocantins, segue normalmente conforme planejado e a expectativa de produtividade é excelente. “Já temos em torno de 35% do volume total de milho previsto em nossa unidade. Estamos atendendo todas as demandas dos cooperados da região e não temos filas até o momento, apesar de ser a primeira recepção da unidade, que ainda está em fase de conclusão de instalação”, pontuou.
Marcos Weigand, produtor rural associado à Frísia da região de Pugmil, conta que as perspectivas para a safrinha são favoráveis. “Estamos falando de uma média acima dos 100 sacos, que para nós é um número muito bom. Acredito que essa meta será atingida por conta do plantio da soja ter acontecido bem mais cedo este ano, o que consequentemente ajudou a plantar o milho também mais cedo e com isso ter mais chuva e menos estresse com a seca. Tivemos também muita tranquilidade em relação a parte de insetos e pragas”.
Para além da assistência técnica, para Marcos, a contribuição da Frísia, na compra de insumos é essencial para a tranquilidade dos produtores no processo da safrinha. “Ficamos muito despreocupados com a compra dos insumos, toda a segurança e a competitividade da Frísia com os preços do mercado, que é muito boa. Isso sem falar, é claro, de todo o apoio na assistência técnica. A Frísia está sempre se estruturando em termos de recebimento no Tocantins, especialmente com a abertura do entreposto de Dois Irmãos e ficamos muito tranquilos com isso, porque não tem fila de espera. Tudo isso nos ajuda muito”, finaliza.