Por Ricardo Pisani
Aberto em 1931 por Giuseppe Cipriani graças ao pagamento de um empréstimo mais os juros pagos por um estadunidense de nome Harry Pickering (dai o nome) que conheceu na época que era barman do Hotel Europa ali mesmo em Veneza. Desde o começo contou com muito sucesso por sua localização, aos poucos foi conquistando clientes de destaque como Orson Welles, Truman Capote, George Braque, além de diversos membros da realeza europeia e um notório boêmio o escritor americano Ernest Hemingway que o cita diversas vezes no livro Na outra margem entre as arvores.
Durante a segunda guerra mundial alguns vizinhos invejosos de hotéis e bares da cidade tentaram destruir sua imagem e a contra gosto a infame placa de: proibido judeus foi levantada, inclusive depois do fim da guerra ironicamente Giuseppe foi chamado por brincadeira pelos estadunidenses de anti italiano por não ter ainda reaberto o Harry’s Bar.
Mas a sua fama como todo bom bar deve se não apenas a estrela Michelin que ostentou por muito tempo, mas por seus dois ilustres “filhos”, hoje dois ilustres conhecidos (dos apreciadores e frequentadores do Harry’s Bar) não só na Itália mas, no mundo inteiro.
O primeiro é o Bellini um drink que leva purê de pêssegos brancos frescos que é usado para suavizar o delicioso gosto seco (Brut) de outro “filho” da região do Veneto o Prosecco (típico espumante do norte da Itália).
Então montemos a nossa mesa, não precisa de purê pode ser o néctar do pêssego fresco misturado a gosto da pessoa com um bom Prosecco italiano da Franciacorta na região do Veneto no nordeste da Itália. No caso do carpaccio peguemos o contra file finamente cortado (se for fazer em casa congela – lo ajuda bastante) temperado com azeite de oliva e suco de limão e por cima a escolha de queijo parmesão ou trufas brancas além de rúcula fresca para finalizar, imperdível, um grande abraço e bons vinhos.
Uma boa semana e bons vinhos.