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Com menor índice de isolamento do país, Tocantins tenta se adaptar ao “novo normal”

Riaperta la Rinascente in Duomo il lunedì mattina della riapertura dopo il lockdown a causa del coronavirus Covid-19, Milano 18 Maggio 2020 Ansa/Matteo Corner

Maju Cotrim

O Tocantins tem, segundo os dados nacionais, o menor índice de isolamento do país: 39,2%. Esse índice de pessoas cumprindo o isolamento social  é muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Após o feriado, nesta sexta-feira, 12, os comércios voltaram a abrir as portas em meio á nova rotina de protocolos e cuidados. Todos de máscara, fregueses mais atentos, distanciamento nas filas e é claro, queda no movimento. O modo delivery aumentou inclusive hoje quando se comemora o Dia dos Namorados.

Os dois shoppings centers se preparam para abrir a partir do dia 15 também com todas as restrições. Ao que tudo indica, mesmo que a economia seja reaberta agora as atividades devem demorar para atingir os patamares anteriores. A tendência é de que pessoas vão usar o próprio celular para acessar catálogos, cardápios e realizar pagamentos. Aquele conceito de loja cheia e com bom movimento estar associado ao sucesso deve ser igualmente modificado.

As entradas nas lojas são controladas, álcool gel sempre na porta, avisos de segurança por todos os lados.

Paralelo ao retorno do comércio no caso de Palmas e Araguaína, uma fiscalização atenta tem acompanhado o novo modo de comprar dos tocantinenses nas maiores cidades.

Já em relação às formas de Trabalho, o retorno aos escritórios como todo mundo já conhece pode demorar bastante para acontecer. Enquanto isso, até as empresas mais resistentes tiveram que aderir ao home office.

Ao mesmo tempo que a prática pode facilitar, existem desafios: o foco, a produtividade e a saúde mental dos próprios colaboradores. Empresas dos mais diversos setores tentam se reinventar e garantir que os resultados se mantenham os mesmos — ou até melhorem.

“Estamos nos adaptando, voltou bem devagar como esperávamos..nossa dificuldade é relamente o comporrtamento das pessoas que tem que entender que quem vai ficar doente não é a empresa,,,vemos muito essa cobrança ás empresas mas nosso foco agora é não quebrar. Estamos observando que as pessoas não estão se cuidando, muitos reclamam que tem aglomeração mas eles estão lá na aglomeração. Uma das maneiras de passarmos por essa adaptação é o consumidor não frequentar lugares que ele acha que não deve neste momento”, avaliou o presidente da CDL, Silvan Portilho em entrevista á Gazeta do Cerrado. Ele disse ainda que os preços também devem ser adquados em razão do novo cenário e considerando as percas das empresas.

O economista Luiz Prates comentou que a economia também segue o ritmo do retorno e que isso vai ditar também “O novo normal” na economia.

O Tocantins tem atualmente mais casos recuperados do que ativos porém diariamente a média de aumento de infectados continua. Paralelo ao retorno gradual dos serviços nas cidades está o reforço na estrutura de saúde principalmente no norte do Estado e no Bico onde serão instalados mais respiradores e leitos de UTI.

Novo normal?

A discussão sobre o novo normal está mostrando que é possível uma nova forma de viver, com as vantagens de descobrirmos o valor da nossa própria casa, aprendermos a ser mais humildes e que não temos o controle de tudo.

“O novo normal, na verdade, seria a proposta de um novo padrão que possa garantir nossa sobrevivência.O que está sendo proposto, agora, é um kit Covid. Um kit de segurança. Vamos ter que andar com máscara, mais contidos, menos expansivos, como se estivéssemos no frio. Guardando certa distância, talvez com luvas e, de certa forma, nos primeiros dias, vamos achar tudo muito estranho, mas a garantia da segurança de que não vamos ficar doentes e não transmitiremos doenças fará com que assimilemos esse kit de uma forma indolor.Ou seja, entraremos em um novo padrão de normalidade. Reforçando, normalidade é o padrão que me garante sobrevivência dentro de um grupo. Logo vamos nos habituar com esse kit Covid e, certamente, sentiremos falta se não o utilizarmos”, explicou em entrevista a professora Doutora e Mestra pela Universidade de São Paulo,Maria Aparecida Rhein Schirato .

 

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