A Câmara dos Deputados aprovou, por 277 votos a 129, nesta quarta-feira (10) o parecer que recomenda a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes da execução da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). Foram 28 abstenções.
Eram necessários 257 votos para manter a prisão (maioria absoluta dos membros da Câmara), em votação aberta e nominal — quando os votos de cada parlamentar são divulgados. 435 deputados votaram.
Na bancada tocantinense o placar foi de maioria pela liberdade do acusado.
Votaram pela liberdade do acusado Chiquinho Brazão os deputados Antônio Andrade (Republicanos), Eli Borges (PL), Felipe Martins (PL), Carlos Gaguim (UB), e Vicentinho Júnior (PP).
Alexandre Guimarães (MDB) e Ricardo Ayres votaram pela manutenção da prisão.
O deputado Lázaro Botelho (PP) se absteve.
Segundo a Constituição, prisões de parlamentares no exercício do mandato têm de ser submetidas aos plenários da Câmara (em casos que envolvem deputados) ou do Senado (em casos que envolvem senadores).
Em outra frente, também nesta quarta-feira, o Conselho de Ética da Câmara abriu processo que pode levar à cassação do deputado.
Chiquinho Brazão foi preso no dia 24 de março por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por suspeita de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes.