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Comando da PM diz que não autorizou AOCP a divulgar boletins de desempenho de candidatos

Equipe Gazeta do Cerrado

Uma nota publicada na página oficial da Polícia Militar do Tocantins no Instagram, nesta terça-feira, 29, diz que a Comissão dos Concursos da PM não autorizou a AOCP, empresa responsável pelo certame, a divulgar os boletins de desempenho dos candidatos.

A nota diz ainda que a Comissão foi atendida quanto ao pedido de acesso aos altos de Inquérito Policial (IP) que investiga supostas irregularidades na primeira etapa de execução do concurso.

Veja a nota abaixo:

Noda diz que comissão do concurso não autorizou divulgação de boletins de desempenho – Reprodução Instagram

 

Entenda o caso

A empresa AOCP Concurso, responsável por realizar as provas para provimento de cargos na Polícia Militar do Tocantins, em 2018, divulgou nesta terça-feira, 29, o boletim de desempenho da prova objetiva e as folhas respostas dos candidatos que participaram do concurso.

Para saber o resultado, é preciso acessar o site da empresa com o número do CPF, Número de Inscrição e nome completo.

Uma nota publicada pela AOCP no próprio site, diz que até o momento, as investigações demostram, apesar da tentativa de fraude, a inexistência de qualquer prova de que algum candidato tenha obtido êxito em tal expediente, de forma a afetar a lisura do certame.

A empresa disse ainda que manifesta total apoio à operação policial realizada, comprometendo-se a contribuir de todas as formas necessárias, com a investigação, na certeza, de que o concurso tenha seu resultado totalmente íntegro.

O documento traz ainda a eliminação de alguns candidatos suspeitos de participar de uma tentativa de fraude, que fizeram as provas no dia 11 de março de 2018.

Recomendação do MPE

O Ministério Público recomendou que a atual gestão anule o concurso da Polícia alegando que as tentativas de fraude prejudicaram o certame. A recomendação foi na semana passada e é assinada pelo procurador Geral de Justiça, José Omar de Almeida Junior.

“Recomendar aos excelentíssimos senhores Governador Mauro Carlesse e ao Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Jaizon Veras pela anulação do concurso público para o curso de formação de soldados da Polícia Militar do Estado do Tocantins, regido pelo edital 001/CFSD-2018/ PMTO, fixando para tanto o prazo de 15 dias úteis para faze lo”, diZ a recomendação.

Na recomendação, o procurador diz que o não acolhimento resultará em medidas judiciais cabíveis e da prazo de 10 dias para resposta sobre o acatamento da decisão.

O concurso foi feito por milhares de candidatos que aguardam e já fizeram até manifestações pedindo o seguimento do certame.

Governo do Estado

O governo informou que esta semana ia dar uma posição sobre o certame após análise da recomendação do MPE.

Retrospectiva do certame:

11 março de 2018

As provas do concurso foram aplicadas no dia 11 de março. Ao todo, mais de 70 mil pessoas fizeram as provas em 17 cidades do Tocantins.

26 de março TJ suspende certame

em 26 de março de 2018, a Justiça atendeu aos pedidos do Ministério Público Estadual (MPE) e determinou que o então governador Marcelo Miranda, se abstesse de realizar a promoção de policiais militares, de dar continuidade ao concurso da referida corporação, de promover gastos não prioritários, entre outras obrigações.
O governador foi cassado e concurso continuou suspenso.

09 de julho de 2018

Em julho do ano passado o MPE recomenda que o governo não retome o concurso por suspeita de fraudes. Na Recomendação Administrativa, o Promotor de Justiça destacou que haviam investigações policiais em curso, ocorrendo em Palmas, Arraias e Araguaína. Uma Operação chamada Ateleia foi realizada, no dia 21 de junho, e 14 pessoas suspeitas de terem cometido fraudes nos estados do Tocantins, Maranhão e Piauí foram presas.

Novembro de 2018

Em Novembro o Ministério Público e o Governo do Estado desistiram do processo que pedia a suspensão do concurso público da Polícia Militar e o Tribunal de Justiça encerrou a ação. Contudo, o processo seletivo permaneceu suspenso por conta de um outro processo em andamento no Tribunal de Contas.

 

 

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