A Secretaria Municipal de Saúde, por meio das equipes da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), realiza um novo Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) em Palmas durante esta nona semana do ano, de 25 de fevereiro a 01 de março. O LIRAa é realizado de três a quatro vezes por ano e possibilita apresentar de maneira rápida e segura os índices de infestação de larvários.
O último LIRAa realizado em novembro do ano passado apontou um índice de infestação predial de 4.1, que, somado ao período chuvoso propício à proliferação do mosquito, resultou na intensificação das ações de combate ao Aedes na Capital, onde mais de 77 mil imóveis já foram vistoriados.
Para realizar o LIRAa, o Ministério da Saúde preconiza que o município seja dividido em grupos de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450 imóveis. Em Palmas serão feitos 11 estratos nos quais serão pesquisados quase 4,8 mil imóveis. Os estratos com índices de infestação predial: Inferiores a 1% estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9%: estão em situação de alerta; superior a 4% há risco de surto de dengue.
“Esse índice pode ser empregado como instrumento de avaliação dos resultados das medidas de controle, incluindo-se também dados referentes aos tipos de recipientes, tornando possível redirecionar ou intensificar algumas intervenções, ou ainda, alterar as estratégias de controle adotadas”, explica a bióloga e coordenadora de Controle Vetorial da UVCZ, Lara Betânia.
Por causa do LIRAa, o cronograma de mutirões de combate e eliminação de criadouros junto às residências fica suspenso durante esta semana, retornando a normalidade após o feriado de Carnaval. Já o cronograma de aplicação do fumacê segue até o dia 28. “É importante ressaltar que mais de 77% dos criadouros encontram-se nas residências, por isso é fundamental a participação da população no combate ao Aedes. Nesse período chuvoso o cuidado deve ser redobrado, como tirar uns 10 minutos durante a semana para vistoriar o quintal e eliminar todo e qualquer objeto que possa acumular água e vir a ser um criadouro”, ressalta a superintendente de Atenção Primária, Gilian Cristina Barbosa.
Dados
O mosquito Aedes aegypti é o vetor da dengue, zika e chikungunya. De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Grupo Condutor de Arboviroses da Semus, nas sete primeiras semanas deste ano foram notificados 4.354 casos de dengue, sendo confirmados 1.066 casos. No mesmo período de 2018, foram 379 notificações e 23 confirmados.
Quanto à chikungunya foram 326 notificações este ano e dois casos confirmados; em 2018 foram 71 notificações e três casos confirmados. Já para a zika foram 577 notificações em 2019 e nenhum caso confirmado; sendo que ano passado foram 71 notificações e três casos confirmados.