No Dia Mundial de conscientização sobre o tema, confira os principais estudos publicados e novas perspectivas para pacientes em tratamento da doença
No Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama veja as inovações publicadas em estudos científicos este mês – Angiola Harry/Unsplash
O mês de Outubro é Rosa do seu início ao fim. Porém, este sábado (19) ganha tonalidades ainda mais fortes da cor e seu significado, por ser lembrado como o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Mama.
E por mais que pesquisas científicas sobre esse tipo de tumor sejam realizadas e publicadas todos os meses, há uma preocupação maior em divulgar estudos sobre o tema nesse período. Por isso, reunimos alguns estudos divulgados nos últimos dias que trazem boas novas sobre tratamento, diagnóstico e mais temáticas relacionadas ao câncer de mama. Confira a seguir:
1. Nova estratégia terapêutica pode tratar câncer de mama mais difícil
O câncer de mama triplo negativo é considerado o tipo mais agressivo e mortal, mas pesquisa do Mass General Brigham, publicado na revista Nature, mostrou que a combinação de dois tipos de agentes terapêuticos matam seletivamente as células cancerosas.
Os salvadores em questão são os agentes conhecidos como inibidores de EZH2 e AKT, que podem induzir as células desse tipo de câncer a se diferenciarem. “Quando combinados, esses agentes terapêuticos podem sequestrar sinais que ocorrem naturalmente no corpo para eliminar células mamárias após a cessação da lactação para matar essas células cancerígenas agressivas”, disse a autora Karen Cichowski, PhD, da Divisão de Genética do Brigham and Women’s Hospital (BWH) na nota de divulgação. Mas o estudo foi feito com amostras de pacientes in vitro e ainda precisam ser avaliados em teste clínicos.
2. Novo regulador pode trazer mais possibilidades de tratamento para esse mesmo tipo de tumor
Os pesquisadores descobriram que uma enzima chamada proteína DAPK3 está presente em níveis mais elevados em células do câncer de mama triplo negativo do que em células normais. Eles também perceberam que a DAPK3 promove a migração e a invasão das células dele, o que pode possibilitar novos tratamentos. O estudo foi feito por estudiosos da Faculdade de Medicina Baylor e publicado na prestigiada revista científica PNAS Nexus.
3. Conteúdo de YouTube pode ajudar pacientes a lidar com diagnóstico de câncer de mama
Pesquisadores da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade do País Basco estudaram uma playlist de 1.247 vídeos sobre câncer de mama de todo o mundo na rede de vídeos YouTube, visando identificar aqueles com maior poder de comunicação e mapear as preocupações das pessoas que postam comentários neles.
A análise dos comentários nos vídeos do YouTube mostrou que a grande maioria deles “foca na apreciação das informações valiosas que eles fornecem”, como disse a pesquisadora do Departamento de Jornalismo da universidade, María Ganzabal. Ela percebeu que esta “é uma comunidade muito grata, há muito senso de irmandade, muito apoio e pouco conteúdo odioso ou malicioso”. Ela enfatizou a importância das histórias pessoais “como uma fonte de esperança e apoio para aqueles que foram afetados pela doença”.
4. Medicamento pode ser uma opção promissora de tratamento para tipo de câncer de mama metastático
O estudo DESTINY-Breast12 analisou a eficácia de um novo medicamento, o trastuzumab deruxtecan (T-DXd), em pacientes com câncer de mama metastático HER2-positivo. O foco principal era em pacientes com e sem metástases cerebrais. Os resultados do estudo, publicado na Nature Medicine, indicam que o T-DXd é uma opção de tratamento promissora para pacientes com câncer de mama metastático HER2-positivo, independentemente da presença de metástases cerebrais. Sua eficácia e perfil de segurança o tornam uma adição valiosa ao tratamento desse tipo de câncer.
5. Nova droga pode tratar doenças complexas, como câncer de mama
A substância, na verdade, pode ser usada para mais quadros, como diabetes, mas foi testada em células de câncer de mama com sucesso. O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Barcelona e publicado na revista científica Bioorganic Chemistry.
O remédio é um composto de três oligonucleotídeos antisense (ASOs), que são cadeias curtas de ácidos nucléicos projetadas para se ligar a RNAs mensageiros específicos e, assim, bloquear a função-chave desta molécula na síntese de proteínas nas células. Ele foi capaz de inibir a expressão de três proteínas específicas (Akt, Hsp27 e HER2), que contribuem para o mau prognóstico do câncer de mama e para a resistência aos medicamentos.
(Fonte: CNN)