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Combate às drogas: Conheça a rede de serviços na capital e como buscar ajuda

A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia 26 de junho como Dia Internacional de Combate às Drogas para celebrar as campanhas de combate ao uso de drogas, considerado um mal social em todo mundo. Segundo dados do Relatório Mundial sobre Drogas da ONU, cerca de 5% da população mundial entre 15 e 64 anos, o que corresponde a uma média de 243 milhões de pessoas, usa drogas ilícitas.

Esse relatório aponta ainda a existência de uma média de 27 milhões de usuários de drogas problemáticos, aqueles que consomem regularmente ou que apresentam distúrbios ou dependência. O número corresponde a 0,6% da população adulta mundial, ou seja, cerca de uma a cada 200 pessoas.

Para ajudar no combate do uso abusivo de álcool e outras drogas, a Prefeitura de Palmas investe, por meio do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (Caps AD) uma política de saúde específica para este assunto. A coordenadora do Caps AD, Mônia de Deus, ressalta a importância de manter uma rede de atenção especializada e integrada para o atendimento, com serviço de 24 horas por dia.

“O Caps é um serviço de porta aberta, ou seja, quem vier será atendido, passará por um acolhimento inicial, com psicólogo e assistente social, se houver necessidade será agendada uma consulta com psiquiatra. Nossa função é promover a saúde e redução dos danos que o uso de drogas traz ao usuário”, disse.

“Na maioria das vezes eles estão em um contexto de vulnerabilidade social, morando nas ruas, sem empregos e por isso, no contexto normal, a unidade oferece grupos e oficinas para auxiliar na manutenção da dignidade humana”, conclui lembrando que nesse período de pandemia, algumas atividades foram suspensas.

Tratamento

Quem necessita de tratamento devido ao abuso de álcool e outras drogas pode contar com a ajuda nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (Caps AD 24 horas). O atendimento conta com equipes multiprofissionais compostas por médico psiquiatra, clínico geral, psicólogos, dentre outros.

Segundo Mônia de Deus, o Caps AD, por exemplo, é um serviço específico para o cuidado, atenção integral e continuada às pessoas com necessidades em decorrência do uso de álcool, crack e outras drogas. Os centros oferecem diversos atendimentos à população, com acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Em Palmas, existem dois Centros de Atenção Psicossocial: o Caps II, localizado na Arse 81 e o Caps AD III, localizado no Plano Diretor Norte da cidade.

Para receber atendimento no Caps o paciente pode procurar uma unidade por livre e espontânea vontade, ou ele pode ser encaminhado pela Estratégia Saúde da Família ou alguma outra instituição. Ao chegar, o paciente é analisado pelo profissional de plantão, para entender o quadro clínico que ele se encontra.

O paciente deve iniciar seu tratamento no modo intensivo, e conforme tenha melhoras significativas no seu quadro clínico deve migrar para o semi-intensivo e posteriormente, não-intensivo.

Atividades médicas e terapêuticas realizadas pelo Caps

Tratamento Médico: tratamento com medicamentos psicoativos ou psicofármacos controlados.

Atendimento psicoterápico: sessões individuais ou em grupo onde são colocados em prática os conhecimentos e as técnicas da psicoterapia.

Atividades Comunitárias: são atividades terapêuticas, de lazer e programas sociais em conjunto com a comunidade, para integrar esses pacientes novamente à sociedade.

Orientação: tanto para os pacientes, quanto para as famílias, nos mais diferentes temas que englobam o tratamento.

Desintoxicação ambulatorial: procedimentos referentes ao tratamento da abstinência devido ao uso abusivo de alguma substância química.

Visitas Domiciliares: Atendimento em domicílio por um profissional do Caps para o paciente e/ou família.

Juventude

Além dos Caps, a Fundação Municipal da Infância e Juventude (FIJP) também promove várias ações de combate ao uso de drogas durante o ano nas escolas da rede pública de ensino, por meio de palestras, esporte e blitze educativas nas semanas que antecedem às festas, como no Carnaval.

O gerente de Políticas da Juventude, Bruno Mendes, declarou que infelizmente neste primeiro semestre algumas ações foram suspensas por conta do novo coronavírus, mas o tema sempre foi pauta dos projetos da Semana Municipal da Juventude alcançando bastante êxito, com respostas positivas.

O presidente da FIJP, João Pedro Claret, aponta que o dia simboliza uma luta nobre contra o vício e pela esperança. “Na gestão Cínthia Ribeiro a Juventude estabeleceu um termo de cooperação com a Defensoria Pública para iniciar cursos semi-profissionalizantes para jovens do regime sócio educativo, bem como realizou projetos como o ‘Palmas para a Vida’ e o ‘Recreião’ que abordaram o tema mediante palestras para milhares de jovens, conscientizando-os dos malefícios da dependência química”, declarou lembrando que em 2019 os programas alcançaram mais de 9 mil jovens com 100 relatos pessoais dos participantes.

Fonte: Secom Palmas

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