Reportagem publicada na Folha de São Paulo nesta quarta-feira,13, mostra movimentações nacionais para fusão do DEM e do PSL.
A nova legenda deve nascer forte e já com quatro governadores dentre eles Mauro Carlesse.
Segundo a Folha nas cúpulas de PSL e DEM, a avaliação é que a fusão será boa para os dois partidos, já que ambos têm perfil ideológico parecido e se complementariam em seus trunfos e deficiências.
O DEM tem uma trajetória sólida na política brasileira: com nome de PFL, surgiu em 1985 como uma costela do PDS, partido que sucedeu a Arena na sustentação aos governos militares.
Depois de enfrentar um período de vacas magras na oposição aos governos do PT entre 2003 e 2015, ganhou musculatura nas últimas eleições: tem cerca de 460 prefeitos e um pouco mais de 1 milhão de filiados.
O PSL, por sua vez, era um partido nanico até a filiação de Jair Bolsonaro. Nas eleições de 2018, inchou artificialmente e conseguiu eleger 52 deputados embalados por uma onda conservadora. Mas tem apenas 75 mil militantes filiados.
Após a desfiliação de Bolsonaro em novembro de 2019, seu maior desafio é justamente se firmar como partido com capilaridade. O primeiro teste, em 2020, não foi animador: mesmo com um generoso fundo eleitoral, PSL elegeu apenas 91 prefeitos, nenhum em capitais.
O novo nome será decidido após a concretização da fusão, a partir da realização de pesquisas qualitativas. O número do partido também não foi decidido, mas está descartado o uso do 17, que ficou associado Bolsonaro em 2018.
Também está definido que o partido, em nenhuma hipótese, estará na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. Por outro lado, aqueles que decidirem apoiar a reeleição do presidente não serão constrangidos pelo comando da legenda.
A Folha diz ainda que o principal desafio é fazer com que a transição se concretize de forma harmônica e menos traumática possível para ambos os lados.