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Comportamento nas redes sociais vira requisito para contratação, especialista orienta

É cada vez mais comum que as empresas utilizem as redes sociais para complementar a avaliação dos candidatos na hora de escolher um novo funcionário. Preocupadas com a reputação de sua marca, elas recorrem ao compliance individual como requisito avaliativo da reputação dos candidatos.

Segundo a advogada especialista em direito trabalhista e previdenciário empresarial, Aline Fonseca o compliance é um termo inglês que significa agir de acordo com a lei. “Esse conceito abrange estar em conformidade com as leis brasileiras e as normas ou políticas internas da empresa, todas pautadas em princípios éticos e equilibradas com objetivos comerciais da empresa”, disse.

Os recrutadores usam as redes sociais como critério de avaliação na hora de escolher um novo funcionário. Não apenas para verificar informações profissionais, mas principalmente, para conhecer o comportamento pessoal do candidato. “Essa investigação nas redes sociais também tem a função de avaliar se o candidato possui os indicadores que podem corresponder às expectativas comerciais da empresa”, ressaltou Aline.

A especialista esclarece que uma cultura ética no ambiente de trabalho deve alcançar todos os funcionários, inclusive na fase de recrutamento. “A análise é feita para avaliar comportamentos que podem expor legalmente a companhia, além é claro, de um eventual dano reputacional, por isso existe a preocupação com o comportamento dos funcionários nas redes sociais antes e depois da contratação.”, destacou ela.

As empresas buscam evitar a associação de sua marca com um colaborador com reputação comprometida. “O comportamento nas redes sociais podem influenciar no fortalecimento da imagem junto ao mercado de trabalho” frisou a advogada.

A profissional explicou que atualmente as empresas levam em consideração como o futuro funcionário se posiciona em relação a assuntos polêmicos como política, religião e ética. “Toda a conduta nas redes é avaliada, incluindo fotos constrangedoras ou comportamentos preconceituosos e agressivos” falou.

Aline Fonseca ressalta que o objetivo principal é prevenir os conflitos ou evitar que eles se tornem um problema judicial. “O compliance tem por objetivo não só reduzir o passivo trabalhista, os custos empresariais e adequação as leis, mais também melhorar o ambiente de trabalho e a imagem da empresa, junto a sociedade e os investidores.”, finalizou a advogada.

fonte: Assessoria Coisa de Érica

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