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Comunidade rural da Serra do Lajeado são orientados sobre riscos de queimadas ilegais

Nesta quarta-feira, 25, o Projeto Foco no Fogo subiu 300 metros em relação ao nível do mar para levar informações a moradores da zona rural, na Serra do Lajeado, sobre os perigos das queimadas ilegais. Considerada uma região crítica para o período de estiagem no Tocantins, as queimadas naquela localidade são recorrentes, e, além dos prejuízos ao meio ambiente, danos financeiros aos moradores, o fogo causa muitos problemas de saúde aos habitantes de todo o entorno.

Morador da região há 41 anos, o agricultor Antônio Caldeira, 67 anos, relatou aos militares da Defesa Civil Estadual as dificuldades que já passou com as consequências das queimadas e os benefícios do trabalho de orientação sobre os riscos da queima ilegal. “Já passei por situações difíceis aqui, porquê o fogo desce da serra e chega até a nossa propriedade. Graças a Deus o trabalho preventivo que fazemos e o apoio dos brigadistas, têm diminuído esses danos”, relata Antônio, que utiliza o manejo integrado do fogo (MIF) preventivamente para evitar que os incêndios atinjam sua propriedade.

Liderado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e instituições que compõem o Comitê Estadual de Prevenção e Controle às Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Comitê do Fogo), o Projeto Foco no Fogo 2022 foi lançado no dia 16 deste mês, e já visitou oito municípios, totalizando mais de 400 propriedades rurais. Nesta quinta-feira, 26, o trabalho acontece em Aparecida do Rio Negro, e na sexta-feira, 27, encerra a semana em Ponte Alta do Tocantins.

O coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Erisvaldo Alves, explica que o ano de 2022 requer atenção devido ao volume de material combustível decorrente das grandes chuvas. “Estamos vindo de uma decrescente de queimadas, associado a um período chuvoso volumoso, isso possibilita uma alta quantidade de material combustível (mato seco) disponível. Estamos nessas condicionantes, existe um risco associado e o comportamento do cidadão vai ser definitivo para enfrentar esse cenário”, alerta o tenente-coronel.

“Esse trabalho de conscientização da população é muito importante. Tentamos por meio da educação e orientação diminuir essa prática da cultura do fogo, num trabalho feito pessoalmente em cada propriedade, apontando os prejuízos não só em relação a vegetação, mas também para a saúde. Com as visitas, a população tem reclamado que durante as queimadas, os idosos passam muito mal, com dificuldade de respirar”,  explica a diretora de Educação Ambiental para Sustentabilidade da Semarh, Erliette Gadotti.

Ainda de acordo com Erliette Gadotti, em média, a comitiva tem cerca de 40 pessoas, além do apoio de equipes do município e guias locais. O trabalho do Projeto Foco no Fogo segue até o dia 18 de agosto, e o planejamento dos organizadores é visitar 60 municípios de todo Estado. Em 2021, o Projeto Foco no Fogo visitou quatro mil propriedades rurais em 33 municípios tocantinenses, que registraram os maiores índices de queimadas no ano anterior.

Comitiva

A equipe técnica da Semarh conta com a conjunção de esforços do Projeto Foco no Fogo, que segue em comitiva nas ações preventivas de todas as visitas, com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMTO), Defesa Civil Estadual, Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama-Prevfogo), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Departamento de Trânsito do Tocantins (Detran-TO), Exército Brasileiro e Energisa Tocantins – Distribuidora de Energia S.A.

Agricultor Antônio Caldeira recebe orientações sargento do Corpo de Bombeiros, Feitosa – Foto: Gisele Bedin/Governo do Tocantins

Foco no Fogo

O Projeto Foco no Fogo, lançado em 2020, tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos e prejuízos causados pelas queimadas irregulares, bem como pelos incêndios florestais, tanto para o meio ambiente, quanto para a saúde da população. Essa ação é uma iniciativa da Semarh, que conta com a adesão de 32 instituições.

(Com informações da Semarh).

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