Existe uma parte da matemática que é a estatística de grandes números. Basicamente significa que se você fizer tentativas o suficiente coisas improváveis vão acabar acontecendo. Por isso tem tanto chinês com doença esquisita. Em guerras acontece o mesmo. Acertar aquele tiro que é um em um milhão se torna menos incrível quando você dispara centenas de milhões de tiros.
Arqueiros profissionais adoram contar que aquele famoso tiro Robin Hood, quando uma flecha atravessa outra fincada no alvo acontece com razoável frequência, e o sujeito tem que pagar rodada de cerveja pra galera.
Com o tempo até isto acontece:
Um fenômeno, até então anedótico que tem sido reportado é de mulheres atingidas por tiros que tiveram ferimentos menos graves por terem sido atingidas em suas próteses de silicone.
Cientistas resolveram investigar se havia um fundo de realidade nessas histórias, e o resultado foi publicado no Jornal de Ciências Forenses, em um paper com o título A Ballistics Examination of Firearm Injuries Involving Breast Implants.
Eu sugeriria usar Paris Hilton e Kim Kardashian como cobaias, mas os cientistas preferiram colocar próteses mamárias na frente de blocos de gel balístico e atiraram com pistolas. Depois os blocos foram alvejados sem as próteses. O experimento foi repetido 11 vezes.
Os números não mentem: no caso dos blocos com próteses a penetração foi 20% menor, com os orifícios 8 cm menos profundos do que o disparo direto. Ou seja: é bem provável que sim, os implantes tenham contribuído positivamente para a sobrevivência das vítimas.
Por outro lado, torna um pouco mais difícil nos livrarmos da Kim Kardashian. Nada de balas de prata. Estacas de madeira, talvez?
Fonte: Russia Today.