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Conflito em Brejinho: Sem-terras deixam área após ameaças e pertences são queimados; tensão continua

Maria José Cotrim – Gazeta do Cerrado

Após relatos de perseguição, espancamento e ameças, cerca de 50 famílias do MST deixaram área de conflito que ocupam desde maio deste ano entre os municípios de Brejinho de Nazaré e Ipueiras. Após tarde tensa com presença da polícia e confronto direto com grileiros e pessoas que chegaram até andar armados no local na última quarta-feira, 23, todas as 50 famílias do MST, com várias crianças e idosos, deixaram o local. A defensoria Pública também esteve no local prestando atendimento ás famílias.
“Agora cedo eles queimaram tudo que os sem terra não conseguiram levar ontem a noite quando estavam temendo mais ações enérgicas. Nesta manhã enquanto o Movimento tentava junto a Delegacia Agrária meios e forma dos Sem Terra poder retornar pelo menos para buscarem o restante que ficou para trás eles atearam fogo em todos os pertences dos Sem Terra”, informou o líder do MST, Manoel Messias em entrevista á Gazeta do Cerrado no final da manhã de hoje.
Ele alega que está havendo uma verdadeira cassada implacável contra os Sem Terra. Um dos acusados elo movimento de estar por trás das ameças seriam jagunços do vice-prefeito de Brejinho, João Neto. Nossa equipe tentou falar com o acusado por telefone por várias vezes na manhã de hoje porém não conseguiu. O vice tem negado veementemente qualquer envolvimento no caso.
O movimento pretende agora se apegar á justiça e quer voltar para a área. ” Vamos manter a luta na esfera judicial e assim que tivermos parecer favoravelmente retornar imediatamente para está área”, conta.
A Gazeta do Cerrado continua acompanhando o caso.
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