O Congresso Nacional precisa decidir nesta semana se mantém ou derruba o veto de Jair Bolsonaro à distribuição de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade social. O prazo para análise do texto termina no próximo sábado (06/11), quando completará um mês que o veto retornou aos parlamentares, que darão a palavra final.
Contudo, a proposta pode ficar parada por um longo período e depende de várias articulações.
Como a Câmara retomou as atividades presenciais recentemente e o Senado mantém um modelo remoto, diversas votações estão atrasadas. Por isso, 17 vetos presidenciais estão bloqueando a pauta desde março de 2021.
Em 7 de outubro, depois de usar todos os 15 dias de prazo para analisar o projeto de lei aprovado pelo Congresso, Bolsonaro vetou o texto que buscava combater a pobreza menstrual.
O projeto de lei foi apresentado em 2019 pela deputada Marília Arraes, do PT de Pernambuco, e 34 colegas, em uma aliança suprapartidária que incluiu os governistas PP e DEM. Um estudo do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) apontou que cerca de 4 milhões de meninas brasileiras não têm acesso a itens básicos de cuidados menstruais nas escolas.