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Congresso sobre Hanseníase acontece a partir desta terça-feira

Imagem por Pixabay

Promover o debate, roca de experiências e conhecimento técnico científico é a proposta do 15º Congresso Brasileiro de Hansenologia que acontece a partir desta terça-feira, 13, e segue até sábado, 17, em Palmas, reunindo profissionais da área de saúde de várias partes do País, acadêmicos e movimento sociais ligados à causa da hanseníase.

O evento, que terá mais de 100 palestrantes de renome nacional e internacional, é uma realização da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) com o apoio da Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp). A abertura oficial será na quinta-feira, 15, às 18 horas, no Centro de Convenções Arnaud Rodrigues.

“A programação do congresso é baseada nos problemas mais graves que temos percebido ao longo dos anos. Incluímos mais mesas com colegas das áreas de atuação da SBH, em especial a infectologia e a neurologia, além da reumatologia. Esperamos trazer com isso mais luz ao diagnóstico da hanseníase dentro destas diferentes áreas, além de podermos entender melhor as dificuldades que os colegas têm em relação à hanseníase”, ressalta o presidente da SBH, Cláudio Salgado, lembrando que durante o congresso será comemorado os 70 de SBH.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Borini Zemuner acredita que o conhecimento contribui de forma eficaz para o enfrentamento da doença. “A hanseníase é vista ainda com muito preconceito e não deveria ser assim, pois é uma doença que tem cura e o tratamento é gratuito e ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Então quanto mais falarmos com a sociedade e preparar nossos profissionais para fazer o diagnóstico precoce, melhor será nossa atuação no enfrentamento e controle da hanseníase”, ressalta.

O Congresso

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A programação inicia nesta terça, 13, com o Curso Preparatório para a Prova de Título de Suficiência em Hansenologia, das 8 às 18 horas, no Instituto Vinte de Maio (IVM). Na quarta, 14, acontecem os cursos pré-congresso e a prova de título dividida entre prova teórica pela manhã e prova prática à tarde, ambas no IVM.

Na quinta, 15, a avaliação oral acontece pela manhã no Centro de Convenções Arnaud Rodrigues; à tarde segue com cursos na área de hansenologia; e às 18 horas, acontece a abertura oficial com palestras focando a situação da hanseníase em Palmas, Tocantins e no Brasil e o papel da SBH no controle da doença no país.

Na sexta e sábado, 16 e 17, o evento terá apresentação de trabalhos científicos e diversas mesas redondas abordando desde a abordagem para o diagnóstico aos entraves para enfrentamento da doença, prevenção de incapacidades, exames, medicamentos, entre outros. A programação completa pode ser conferida aqui.

O 15º Congresso Brasileiro de Hansenologia tem o patrocínio da The Novartis Foundation e conta com o apoio da Prefeitura de Palmas por meio da Semus e da Fesp, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Organização Mundial da Saúde – Escritório Regional para as Américas, Ministério da Saúde e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Cenário da hanseníase no Brasil

Tocantins, Pará, Mato Grosso, Maranhão, Roraima e Mato Grosso do Sul são os estados brasileiros com os maiores índices de hanseníase. A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende que a doença está sob controle em uma região com “até” 1 caso/10 mil habitantes de prevalência. Porém, a SBH alerta que existe uma endemia oculta no Brasil – o número de doentes pode ser de três a cinco vezes maior que os dados oficiais.

O protagonismo de Palmas na luta contra à hanseníase agora serve de modelo para outros 20 municípios brasileiros que são acompanhados de perto pelo Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e com recursos da Fundação Nippon (Japão).

Na Capital do Tocantins, a cada novo caso descoberto, o início do tratamento é imediato e todos os familiares e pessoas que convivem diariamente com o paciente são avaliados, pois caso tenham a doença também iniciam o tratamento, quebrando assim a cadeia de transmissão. O diagnóstico e tratamento podem ser feitos em todos os 34 Centros de Saúde da Comunidade.

 

 

 

Fonte: Secom Palmas

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