Ícone do site Gazeta do Cerrado

Conselho de Segurança condena lançamento de míssil pela Coreia do Norte

O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou nesta segunda-feira (15/05) o mais recente lançamento de um míssil balístico por parte da Coreia do Norte e reiterou sua disposição a impor novas sanções a Pyongyang.

 

Em comunicado, os 15 membros do conselho denunciaram o comportamento “altamente desestabilizador” da Coreia do Norte e o “desafio” às Nações Unidas representado por esses testes militares. Numa declaração unânime, apoiada também pela China, aliada da Coreia do Norte, o conselho pediu a Pyongyang que mostre de imediato o seu “empenho sincero na desnuclearização por meio de ações concretas”.

O país asiático está proibido pelo Conselho de Segurança de realizar esse tipo de atividade e é alvo de duras sanções internacionais por seu programa nuclear e de mísseis. Os países do Conselho de Segurança se comprometeram a implementar em sua totalidade essas medidas e a estimular os demais países a fazer o mesmo.

Além disso, como em outras ocasiões, deixaram claro que estão dispostos a endurecer as sanções à Coreia do Norte. Estados Unidos e China estão negociando uma possível ampliação dessas medidas, em resposta a movimentos anteriores por parte do regime norte-coreano.

Publicidade

No comunicado, o Conselho de Segurança lembrou que as “atividades ilegais com mísseis balísticos” contribuem para o desenvolvimento de sistemas capazes de transportar armas nucleares e estão aumentando a tensão, na região e além dela. O Conselho de Segurança pretende reunir-se de forma urgente nesta terça-feira para analisar a portas fechadas o último teste militar norte-coreano.

Nesta segunda-feira, a Coreia do Norte afirmou ter sido bem-sucedida no lançamento de um novo tipo de míssil balístico de médio a longo alcance, batizado de Hwasong 12 e capaz de carregar uma “ogiva nuclear de grande tamanho”.

QUAL O PODER DE FOGO DA COREIA DO NORTE?

Um dos maiores exércitos do mundo

Com 700 mil homens na ativa e outros 4,5 milhões na reserva, a Corea do Norte pode convocar a qualquer momento um quarto de sua população para a guerra. Todos os homens do país devem passar por algum tipo de treinamento militar e estar sempre disponíveis para pegar em armas. Estima-se que as tropas norte-coreanas tenham superioridade de 2 para 1 em relação à Coreia do Sul.

Um arsenal de respeito

Segundo o índice Global Firepower de 2016, o país possui 70 submarinos, 4,2 mil tanques, 458 aviões de combate e 572 aeronaves de outros tipos. Um arsenal bastante considerável. Esta imagem de 2013 mostra o líder Kim Jong-un ordenando que os mísseis do país estivessem prontos para atacar os EUA e a Coreia do Sul a qualquer momento.

Poder balístico

Os mísseis aqui mostrados foram exibidos no desfile do dia 15 de abril de 2017, juntamente a outros que passaram sob o olhar do líder Kim Jong-un. Existe, porém, a suspeita de que muitos eram apenas maquetes para impressionar o mundo. Mesmo assim, a capacidade balística do país asiático não deve ser menosprezada.

Coloridas e maciças demonstrações de força

Todos os anos, milhares de soldados e civis desfilam pelas ruas de Pyongyang em paradas militares. A maior destas, no chamado Dia do Sol, honra a memória de Kim Il-sung, patriarca do clã que governa o país desde sua fundação e avô de Kim Jong-un. Os preparativos para os desfiles espetaculares podem levar vários meses.

Testes nucleares

Apesar da pressão internacional, a Coreia do Norte não esconde suas ambições nucleares. Além dos testes com mísseis balísticos, Pyongyang realizou em cinco ocasiões os chamados ensaios nucleares, duas vezes apenas em 2016. O país sustenta que a última ogiva a ser testada pode ser lançada de um foguete, algo que especialistas consideram pouco provável. Ao menos até o momento.

Unidades femininas

Do contingente militar norte-coreano, 10% é composto por mulheres. Elas servem em unidades especiais diferenciadas e devem prestar serviços ao exército por até sete anos, segundo uma lei aprovada em 2003. É possível ver algumas delas patrulhando as ruas com sapatos de salto alto.

Os inimigos de Pyongyang

Além dos EUA, a Coreia do Norte também considera como grandes inimigos a Coreia do Sul e o Japão. Pyongyang vê os exercícios militares americanos na Península da Coreia como uma ameaça à sua população, afirmando se tratar de uma preparação para uma iminente invasão de seu território.

Preparação permanente

As Forças Armadas norte-coreanas treinam permanentemente em frentes distintas para estar prontas para o combate. O legado da Guerra da Coreia, que dividiu a península em dois países ainda unidos por um passado comum, é sentido até os dias de hoje. Na imagem, desembarque de embarcações anfíbias de unidades navais em local desconhecido na Coreia do Norte.

Fim da paciência americana?

Em abril de 2017, os Estados Unidos disseram ter enviado o porta-aviões Carl Vinson (foto) à Península da Coreia, sinalizando possíveis medidas contra Pyongyang. A Coreia do Norte afirmou estar pronta para qualquer tipo de guerra. Fontes de serviços de inteligência afirmam que os norte-coreanos estão a menos de dois anos de conseguir obter poder suficiente para lançar mísseis contra os EUA.

Fonte: DW 

Sair da versão mobile