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Conselho do Fundeb acusa Seduc de interferência e aciona MPE

A presidente do Conselho Estadual do Fundeb, Rosy Franca diz que a Seduc está interferindo diretamente no trabalho da entidade e acusa protelamento por parte da Secretaria no processo de organização do colegiado para o novo biênio 2020-2022.

A presidente do Conselho Estadual – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (CE-Fundeb/TO) sustenta que a pasta está interferindo diretamente no trâmite legal do processo de composição do Conselho Estadual do Fundeb para o exercício do biênio 2020-2022.

Segundo relatou a presidente do Conselho, a lista com os nomes que devem compor o Conselho do Fundeb que a Seduc encaminhou para publicação no Diário Oficial, (conforme Ato n° 68 – DOE n°5526/20012020) não é a mesma lista que o Conselho enviou à Seduc.

“A lista que o Conselho Estadual do Fundeb encaminhou para a Seduc não é a mesma publicada no Diário Oficial”, afirma Rosy Franca.

Segundo relatou Rosy Franca, a Seduc estaria protelando o processo desde o início dos trabalhos para composição do novo colegiado. “A secretaria não cumpriu com os prazos estabelecidos para as publicações, protelou as indicações dos membros representantes da secretaria, e ainda delongou a publicação de documentos no diário oficial, como manda o regimento do Conselho”, disse a presidente do colegiado.

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De acordo com Rosy Franca, ainda em 2019, o Conselho comunicou as entidades que formam o Conselho para que encaminhassem os nomes dos membros a compor o novo colegiado. Apenas a Seduc não teria indicado os nomes dentro do prazo. Um novo ofício foi encaminhado no dia 27 de dezembro, mas a Seduc não teria feito as indicações. “Nós entendemos que a Seduc está tumultuando o processo de renovação dos membros, protelando o processo que deveria ter ocorrido ainda em dezembro de 2019”, disse Rosy.

Ainda conforme o relato da presidência, no último dia 13 de janeiro, a secretária estadual da Educação, Adriana Aguiar chegou a confirmar que na quinta-feira, 16 de janeiro de 2020, ocorreria a posse dos novos membros do colegiado, mas Adriana Aguiar não teria encaminhado o documento do processo para publicação no Diário Oficial; não compareceu na reunião marcada e muito menos justificou sua ausência.

“Ao meu ver o trabalho do Conselho do Fundeb está incomodando a Seduc, não vejo outro motivo para tumultuar o processo, e se estamos incomodando é sinal que estamos cumprindo o papel do Conselho
Entre as atribuições do Conselho está o de acompanhar e controlar a distribuição, transferência e aplicação dos recursos do FUNDEB; acompanhar a elaboração da proposta orçamentária anual; acompanhar a execução, inclusive receber e analisar as prestações de contas dos recursos federais transferidos à conta e ainda, notificar o órgão Executor dos Programas e o FNDE quando houver ocorrência de eventuais irregularidades na utilização dos recursos”, disse.

Segundo o regimento do CE-Fundeb, a finalidade do Conselho é acompanhar a distribuição, transferência e aplicação dos recursos financeiros do Fundeb no Estado. Para tanto o Conselho deve atuar com autonomia, sem vinculação ou subordinação institucional ao Poder Executivo Estadual.

A presidente do Conselho informou que protocolou documentos sobre o caso no Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF) solicitando providências.

O outro lado

A Gazeta tenta ouvir a Seduc sobre o assunto.

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