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Conselho lança campanha: “COSEMS-TO no Enfrentamento da Hanseníase”; Veja cuidados com a doença

Exame simples pode ser feito em qualquer UBSs para verificação da sensibilidade

O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Tocantins (COSEMS-TO) lançou nesta quinta-feira, 1º, a campanha “COSEMS-TO no Enfrentamento da Hanseníase”. O objetivo é o de contribuir e orientar as Gestões Municipais de saúde do Estado sobre a doença, alertar sobre sinais e sintomas, estimular a procura pelos serviços de saúde e mobilizar profissionais de saúde na busca ativa de casos, a fim de obter diagnósticos precoces, tratamento e prevenção.

O Presidente do COSEMS-TO, Rondinelly Souza, falou que desde o início do ano o Conselho tem discutido com entidades representativas a importância de chamar a atenção dos governo, organização e da população sobre a necessidade de manter as ações de controle da hanseníase. Ele destacou ainda o trabalho que vem sendo realizado pelo Ministério Público Estadual (MPE-TO), por meio do Centro de Apoio Operacional à Saúde (CAOSAÚDE).

“Sabemos que a hanseníase é uma doença crônica, transmissível, que afeta sobretudo a pele e nervos periféricos e tem poder de causar incapacidades e deformidades físicas. Na outra ponta temos visto as Secretarias Municipais de Saúde fazendo o possível para combater a doença, como também a Secretaria de Estado da Saúde. Também não posso deixar de citar o trabalho realizado pela Coordenadora do CAOSAÚDE, Araína Cesárea, que tem feito um excelente trabalho de fiscalização e orientação não só sobre a importância de combater a hanseníase, mas pelo fortalecimento do SUS no Tocantins”, declarou.

Com forma de orientar as Secretarias Municipais de Saúde e a sociedade, o COSEMS-TO buscou informações junto à Sociedade Brasileira de Hansenologia sobre o que é a hanseníase, de onde vem a doença, como é feito o diagnóstico, sobre os exames e o tratamento. Confira abaixo:

O que é hanseníase?

É uma doença infecciosa e contagiosa, que afeta os nervos, pode provocar o surgimento de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele. A pele também pode ter alteração da sensibilidade e o paciente não sentir (ou tem sensibilidade diminuída) calor, frio, dor e mesmo o toque. É comum ter sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés, mãos) e em algumas áreas pode haver diminuição do suor e de pelos. Atenção: o paciente pode ter dificuldades para segurar objetos, pode queimar-se e não sentir ou, por exemplo, perder os chinelos sem perceber. A doença pode provocar o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular.

De onde vem a doença?

A hanseníase é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae e sua transmissão acontece de pessoas doentes sem tratamento para pessoas saudáveis, pelas vias aéreas superiores (tosse, espirro, fala).

Como é feito o diagnóstico da hanseníase?

O diagnóstico precisa ser feito o quanto antes. A doença pode ser diagnosticada em uma consulta médica em consultório ou ambulatório. O médico analisa lesões na pele com manchas (partes da pele podem não ter sensibilidade) e alterações neurológicas específicas (dormências e formigamentos). O serviço público de saúde em todo o Brasil oferece gratuitamente o tratamento. Importante: todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente de hanseníase devem ser examinadas.

Hanseníase tem cura?

Sim, a hanseníase tem cura. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, menores são as agressões aos nervos e é possível evitar complicações. O paciente em tratamento não transmite mais a doença a familiares, amigos, colegas de trabalho ou escola.

Como são feitos os exames?

Em muitos casos, os médicos dos serviços públicos de saúde especializados em hanseníase podem diagnosticar a doença apenas no exame clínico. Pacientes de hanseníase fazem exame dermatológico e exame neurológico.

Como é o tratamento?

O tratamento da hanseníase é simples. Em qualquer estágio da doença, o paciente recebe gratuitamente os medicamentos para ingestão via oral – os medicamentos inibem os bacilos. O tratamento leva de 6 meses a 1 ano. Se seguir o tratamento cuidadosamente, o paciente recebe alta por cura.

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