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Conselho pede apuração de suspeitas de desvios de conduta de delegados

Denúncia teria partido de membro da OAB

 

Equipe Gazeta do Cerrado

Uma recomendação do Conselho estadual de Segurança Publica foi publicada no Diário Oficial do governo do Tocantins nessa terça-feira, 19.

Ela trata de supostas notícias de desvio de conduta durante a realização de investigações policiais.

O ato específica que o colegiado do Conselho Estadual de Segurança do Tocantins – CONESP/TO, após provocação do conselheiro representante da Ordem dos Advogados do Brasil e manifestação do conselheiro representante do Ministério Público do Estado do Tocantins – MPTO, resolve, à unanimidade, recomendar à Corregedoria-Geral de Polícia da Secretaria da Segurança Pública, à Promotoria do Patrimônio Público e ao Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GECEP/MPTO), à Presidência do Tribunal de Justiça, à Procuradoria-Geral de Justiça e à Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins, que tomem conhecimento do teor dos fatos narrados pelo por um Conselheiro e Promotor de Justiça durante a reunião do Conselho ocorrida nesta data, na forma da mídia digital e adotem as providências que julgar cabíveis no respectivo âmbito de suas atribuições, diante das notícias de que teria havido desvios de conduta durante a realização de investigações policiais pela Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma), sucedida pela Divisão Especializada de Combate à Corrupção (Decor), notadamente em razão de violação ao princípio constitucional do juiz natural e ao princípio processual do juízo provento.

Segundo o ato, a suspeita “revela possíveis fraudes na distribuição de procedimentos investigativos, na medida em que teria sido submetido a mais de um juízo representações formuladas com base num mesmo inquérito policial, possivelmente como forma de burlar decisão judicial proferida pelo juízo prevento competente, e que culminaram na expedição de decisões judiciais divergentes, bem como por possível crime de violação de sigilo funcional em razão de divulgação na imprensa de fatos relacionados a investigação sigilosa”.

O ato é assinado pelo secretário de Segurança Publica, Cristiano Sampaio.

O colegiado do Conselho Estadual de Segurança Pública é autônomo em relação à SSP, sendo a esta apenas a condição de presidente, segundo a Gazeta apurou.

A provocação foi oriunda dos representantes da OAB e MPE e o colegiado aprovou a recomendação de forma unânime.

O ato acontece após o governo redistribuir todos os delegados.

A Gazeta busca ouvir os delegados sobre o assunto.

Em nota, a SSP informou que o colegiado do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conesp) é autônomo em relação à pasta, e que a iniciativa foi de representantes da OAB-TO e do MPE-TO.

Conforme a secretaria, o colegiado do Conesp aprovou a recomendação de forma unânime, e não houve nenhuma providência por parte da SSP. O Conesp recomendou encaminhar para os órgãos do Poder Judiciário, de controle externo da atividade policial e Corregedoria-Geral da Polícia Civil para que tomem as providências que julgarem cabíveis.

Confira a nota na íntegra:

Sobre a Recomendação Colegiada do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conesp) sobre possíveis desvios de conduta durante investigações policiais, publicada no Diário Oficial que circulou nesta terça-feira, 19, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informa que:
 1 – O colegiado do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conesp) é autônomo em relação à SSP;
2 – A Iniciativa foi oriunda dos representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Tocantins (OAB-TO) e do Ministério Público Estadual do Tocantins (MPE-TO);
3 – O colegiado do Conesp aprovou a recomendação de forma unânime;
4 – Não houve nenhuma providência por parte da SSP; O Conesp recomendou encaminhar para os órgãos do Poder Judiciário, de controle externo da atividade policial e Corregedoria-Geral da Polícia Civil para que tomem as providências que julgarem cabíveis.

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