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Consideradas raras, mais de 20 tartarugas albinas são encontradas no Cantão

Tartarugas albinas são consideradas raras na Natureza - Divulgação Naturatins

Após 14 semanas de monitoramento, o Projeto Quelônios, desenvolvido por meio de parceria entre o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA),  encerra suas atividades em 2018, garantindo a sobrevivência de mais de 70 mil filhotes de tartarugas, entre elas, quatro albinas, que são consideradas raras na natureza.

O albinismo é uma condição caracterizada pela ausência de melanina e segundo a  inspetora de Recursos Naturais do Naturatins, Aline Vilarinho, nasce uma tartaruga albina a cada dois milhões de filhotes.

No entanto, nas praias monitoradas na região do Cantão, os técnicos do Projeto encontraram 22 tartarugas albinas, número que chamou a atenção e quatro delas foram trazidas para o Centro de Fauna do Tocantins (Cefau), em Palmas, para fins de pesquisa.

Aline explica que no Cefau elas foram pesadas e medidas e seu desenvolvimento será acompanhado. “No  ambiente natural, a tartaruga albina, pela falta de pigmentação no corpo, teria menos chances de sobrevivência em função de chamarem atenção dos predadores”, declarou.

Monitoramento foi realizado em várias praias do Estado – Divulgação Naturatins

Translocação

Outra peculiaridade do Projeto Quelônios este ano, foi a realização de 20 translocações de ninhos. Isso porque, devido ao aumento de chuvas na região, o rio encheu mais rápido e muitos ninhos estavam sendo alagados.

Para garantir a sobrevivência dos filhotes, a equipe do Projeto, transferiu diversos ninhos para partes mais altas das praias. Neste processo, 900 ovos foram translocados, gerando 595 filhotes vivos.

Projeto 

Apesar de ter sido criado em 1995, o Projeto Quelônios foi retomado no Tocantins, no ano passado, com ações do Naturatins e Ibama, no entorno de unidades de conservação. O Projeto integra o Programa Quelônios da Amazônia, coordenado pelo Ibama.

Este ano, 289 ninhos foram monitorados sistematicamente. A equipe também realizou a captura de animais adultos  para realização de biometria. “O objetivo foi coletar dados que nos permitam estimar a idade de maturação das tartarugas, bem como estimar o tamanho da população através da recaptura”, pontuou  Aline.

Além do monitoramento, fiscais do Naturatins, Ibama e BPMA realizaram operações frequentes na região, combatendo o consumo predatório dos ovos e tartarugas.

Este ano, o Projeto Quelônios do Tocantins teve início no mês de maio com a apresentação do projeto de pesquisa e monitoramento na Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas (Naturatins). Desde então, foram realizadas articulações com órgãos púbicos e universidades para compor a equipe de realização do Projeto, além de captação de parceiros da iniciativa pública e privada como apoiadores do mesmo.  A fase de monitoramento das tartarugas no seu período reprodutivo teve início na última semana de agosto.

São apoiadores do Projeto a Secretaria Geral de Governo, a Fazenda Fartura, a Universidade do Tocantins (Unitins) e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), entre outros.

Quelônios foram levados para o Centro de Fauna (Cefau) – Divulgação Naturatins

Fonte: Naturatins

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