Após seis meses de quedas consecutivas no índice geral medido pela pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias de Palmas (ICF), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins, em agosto foi registrado um leve aumento de 1,7 pontos, quando comparado ao índice de julho. A pesquisa desse mês trouxe variações negativas apenas nos itens que versam sobre o momento para aquisição de bens duráveis (-6,2%) e perspectiva profissional (-1,6%).
Para o presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, os dados demonstram sinais de uma possível retomada. “Diferente do mês anterior onde houve variação negativa em itens como nível de consumo atual e perspectiva de consumo, neste mês a variação desses itens que correspondem diretamente ao consumo foi positiva. O momento para aquisição de bens duráveis, que também aparece neste mês, por sua vez, teve queda na sua variação passando de -8,6% para -6,2%”, afirmou.
No cenário nacional, a ICF apresentou a quinta retração consecutiva em agosto (-0,2%), permanecendo com a pontuação estável no comparativo mensal (66,2 pontos). Este é o pior índice para um mês de agosto desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. A queda em relação a julho, contudo, é a menos intensa registrada nos últimos cinco meses. Em comparação com o mesmo mês de 2019, o recuo foi de 27,6%.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os resultados de agosto mostram que os brasileiros permanecem conscientes da importância da sua renda e cautelosos com o consumo. “O momento atual permanece incerto e exige cautela das famílias. Contudo, os resultados negativos já demonstram desaceleração”, afirma Tadros.
Voltando a pesquisa realizada em Palmas, foi levantado que sobre a expectativa de consumo para os próximos meses, 45,7% acreditam que o consumo tende a ser menor que no mesmo período do ano passado, 31,9% igual ao ano passado e 18,6% maior do que no mesmo período de 2019.
74,1% das famílias palmenses apontam que o acesso ao crédito está mais difícil e mais da metade dos entrevistados (52,9%) consideram um mau momento para aquisição de bens duráveis. Os dados foram colhidos nos últimos dez dias do mês de julho e a pesquisa completa pode ser acessada no site:www.fecomercioto.com.br.