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Contadores disputam comando de entidade; conheça os candidatos

(Montagem: Brener Nunes/Gazeta do Cerrado)

(Reprodução/CRC)

A eleição para renovação de 2/3 dos conselheiros do Conselho Regional de Contabilidade do Tocantins (CRC-TO) acontecerá nos dias 21 e 22 de novembro de 2017 para mandato de quatro anos, com início em 1º de janeiro de 2018 e término em 31 de dezembro de 2021.

Também haverá escolha de conselheiros para o preenchimento de vagas, em mandato complementar, no terço remanescente. O voto é obrigatório, sendo facultativo apenas para os profissionais com idade igual ou superior a 70 anos e para votar, é preciso esta em dias com a anuidade do conselho. O prazo para regularização da anuidade é até dia 10 de novembro. Para àqueles que deixarem de votar sem causa justificada, o CRC aplicará pena de multa.

De acordo com as informações do site oficial do Conselho, estão aptos a votar os 3.581 profissionais ativos no CRC-TO, distribuídos em 388 organizações contábeis. Três chapas constituídas de 06 (seis) membros efetivos, contadores e/ou técnicos em contabilidade, e 06 (seis) membros suplentes respectivos foram registradas para concorrer às eleições.

O Portal Gazeta do Cerrado entrevistou os representantes das chapas e postulantes ao cargo de presidente do conselho.

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Questionamos o representante da chapa 2 e respectivo candidato a presidência do Conselho, o contador Dete Nunes, para saber quais são as principais dificuldades encontradas diante das novas tendências de mercado, visto que muitos serviços estão disponíveis pela internet.

(Arquivo Pessoal)

De acordo com o contador, a tecnologia avança numa velocidade difícil de ser acompanhada e o profissional da contabilidade precisa ter o apoio do SISTEMA CFC/CRC-TO para estar preparado para adaptar-se a este movimento do mundo globalizado. “À medida que a tecnologia da informação tem avançado e a pressão competitiva tem forçado inovações dentro das organizações, as maneiras habituais dos profissionais contábeis de propiciar informações aos seus gestores, têm se tornado cada vez mais insuficientes para as necessidades de decisão”. Disse ainda que, “ a análise de desempenho, profissionalismo, transparência das informações e planejamento de investimentos são, entre outros, alguns conceitos gerenciais utilizados atualmente por essas organizações contábeis para atingirem os seus objetivos”.

Para enfrentar os novos desafios da profissão, Dete Nunes afirma a importância do apoio amplo, geral e irrestrito do Conselho de Contabilidade na área de educação continuada e capacitação profissional gratuita aos seus inscritos. “Este é o papel do Conselho de Contabilidade, capacitar também os seus profissionais e não somente penalizar e multar os colegas. Não se justifica o sistema CFC/CRC-TO estar com muitos milhões de reais em caixa e aplicações financeiras e cobrar absurdos em cursos de capacitação profissional e educação continuada ao profissional contábil”, ressaltou.

A conscientização da importância do profissional em contabilidade também foi um dos pontos citados pelo candidato a presidência do conselho como um ponto fundamental no processo de evolução da profissão. “Os profissionais contábeis devem estar mais conscientes de sua importância nos cenários econômico e social, buscando a renovação para vencer as novas competições e desafios gerados pelo mercado, visando atender as expectativas dos consumidores externos, que se tornam mais exigentes e seletivos na escolha de seus produtos e serviços, decorrentes das maiores ofertas surgidas com as mudanças nos aspectos relacionados às suas atividades” disse.

Na visão inovadora de Dete, o profissional contábil precisa ser visto como um comunicador de informações essenciais à tomada de decisões, pois a habilidade em avaliar fatos passados, perceber os presentes e predizer eventos futuros pode ser compreendido como fator preponderante ao sucesso empresarial.

O representante da chapa 1, Norton Tomazi, entra na disputa ao cargo de presidente do Conselho com a mentalidade jovem disposto a debater sobre a evolução das tendências de mercado que está relacionada profissão. “O que a chapa 1 prega é que tudo que for novo, precisa ser analisado e debatido. Se for para o bem da profissão, com certeza precisa ser implantado. A nossa palavra dentro do conceito de gestão é debate, inclusive sobre a contabilidade on-line e Inteligência Artificial que já está sendo utilizada dentro da contabilidade. Porque não utilizar isso dentro dos escritórios de contabilidade e dentro das empresas? Toda tecnologia é bem vinda desde que não agrida os conceitos de trabalho e da ética profissional”, disse.

(Arquivo Pessoal)

Tomazi afirmou que o conselho vem realizando a fiscalização efetiva dos profissionais contábeis inclusive através de um sistema on-line “nós pretendemos implantar um novo processo na fiscalização com a tecnologia de cruzamento de dados. Nosso intuito é fazer um trabalho de inteligência na fiscalização em parcerias com as com entidades públicas como a Receita Federal para identificar o CNJP das empresas de contabilidade que não tem o registro e notificá-las. Isso é apenas um exemplo de como pretendemos trabalhar a inteligência dentro da fiscalização, pois entendemos que a fiscalização é bem vinda dentro do conceito de valorização da profissão, e o Conselho protege a nossa profissão. Nós vamos investir em treinamento e palestras para realizar um processo de fiscalização preventiva” comentou.

Para o candidato à presidência do Conselho e representante da chapa 1, Ademar Andrade, não são, necessariamente, sistemas on-line (tecnologias), o fator de comprometimento do futuro da profissão contábil “o fator de comprometimento do futuro da profissão contábil, o que compromete o futuro de quaisquer profissões é a ausência de uma fiscalização forte para conter o exercício ilegal da profissão e uma fiscalização educativa e preventiva no controle de qualidade de serviços, somada com ausência de investimentos em pesquisa científica e produção literária-científica, além de uma educação continuada empobrecida, na maioria das vezes baseadas em mine cursinhos de práticas de escritório, o que é suscetíveis às constantes mudanças. Isto sim pode comprometer o futuro da profissão” explicou.

O contador afirmou que outras ocorrências contribuem para a fragilização das fronteiras do exercício da profissão contábil “o que afeta a nossa profissão são os avanços tecnológicos dos órgãos públicos que já disponibilizam sistemas inteiros para realização dos trabalhos contábeis tais como sem a separação de status para sua operacionalização administrativa e contábil: o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED e o Sistema de Prestação de Contas Anual – SPCA para Partidos Políticos entre outros, estes que ainda reservam aos profissionais contábeis responsabilidade, resguardando determinada parcela de mercado”, concluiu.

Texto: Nielcem Fernandes

Edição: Jornalista Brener Nunes

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