O deputado federal Carlos Gaguim falou à Gazeta do Cerrado sobre o ofício cobrando o governador Mauro Carlesse que foi encaminhado para solicitar do governo informações e providências sobre a testagem dos profissionais da saúde.
Alguns parlamentares da bancada afirmaram á Gazeta que embora seja legítimo o assunto e a preocupação da pandemia seja de todos, não ficaram sabendo que o ofício seria encaminhado em nome da bancada pela coordenadora, a senadora Kátia Abreu.
Segundo alguns membros da bancada, não é a primeira vez que a coordenação estaria falando em nome da bancada sem consultar todos os parlamentares.
Após o senador e líder no Congresso, Eduardo Gomes chamar atenção para as reais funções da coordenação da bancada, o deputado federal Carlos Gaguim foi mais além.
“Concordo em gênero e grau , ela não pode falar em nosso nome, já fui coordenador duas vezes e nunca falei por ninguém. Coordenadora não tem autorização para falar em meu nome”, disse á Gazeta. Gaguim é aliado de 1ª hora do governo estadual.
“A função dela como coordenadora e só na questão do orçamento, daí a bancada reúne e decide a destinação dos recursos. Tenho falado constantemente com o governo, acompanhado de perto e a gestão está fazendo a parte dele sobre a pandemia”, defendeu.
Damaso
Procurado pela Gazeta o deputado Osires Damaso (PSC) comentou: “Eu não sabia que ela ia apresentar isso para o governador, não tenho nenhuma participação nisso”, disse.
Tiago Dimas
O deputado Tiago Dimas comentou sobre o episódio: “Não fui consultado, mas a bancada tem discutido essas questões, sobretudo as relacionadas à demora nos resultados de testes. Esse é um questionamento muito oportuno”, pontuou.
O ofício
Um trecho do ofício assinado pela senadora em nome da bancada diz: “O principal questionamento dos parlamentares é se o governo estadual está aplicando para os profissionais de saúde – que estão na linha de frente do enfrentamento à pandemia – os mesmos protocolos de segurança utilizados tanto para o gabinete do Governo do Estado quanto para o ingresso na residência oficial – onde é permitida a entrada de pessoas mediante a testagem rápida para a Covid-19”, cita o documento atribuído á bancada.
O documento lembra ainda que a Bancada Federal do Tocantins trabalhou para ajudar na aprovação de aproximadamente R$ 863 milhões para o enfrentamento da Covid-19 no Estado, portanto não faltam recursos para a compra de testes.