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Corpo de Gal Costa é enterrado em São Paulo

O corpo da cantora Gal Costa, uma das maiores do Brasil, foi enterrado no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, na Consolação, região central de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (11) em São Paulo.

O enterro foi exclusivo para amigos próximos e familiares.

Durante a manhã o corpo da cantora foi velado no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na Zona Sul da capital paulista. Aberta ao público, a cerimônia começou às 9h e foi marcada pela emoção de fãs, da família e de famosos.

Gabriel Costa, de 17 anos, filho único da cantora, chegou ao velório por volta de 10h, acompanhado de Wilma Petrillo, viúva da artista.

Personalidades e famosos se despedem

 

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A atriz Sophie Charlotte, que interpretou Gal no filme “Meu Nome é Gal”, que ainda não foi lançado, chegou ao velório da cantora, por volta das 10h20. Emocionada, a atriz abraçou a companheira de Gal, Wilma Petrillo, e o filho único da artista, Gabriel Costa, de 17 anos.

A diretora do longa metragem, Dandara Ferreira, também foi ao local se despedir da intérprete. O ator Júlio Andrade consolou as duas e parentes de Gal. A atriz Lúcia Veríssimo chegou no início da tarde.

Janja, esposa de Lula, presidente eleito, foi ao velório acompanhada da apresentadora Bela Gil, filha do cantor Gilberto Gil.

A cantora Zélia Duncan foi uma das representantes do meio musical que compareceu também.

Entre as demais personalidades que foram ao velório, estão o publicitário Nizan Guanaes.

O deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT) conversou com o filho de Gal durante o velório e beijou o rosto da cantora. O político ainda abraçou a viúva da artista.

Serginho Groisman, apresentador do programa Altas Horas da TV Globo, deu um abraço em Gabriel. Na saída, comentou sobre a importância de Gal.

Moreno Veloso, filho do cantor e compositor Caetano Veloso, que também é afilhado de Gal, participou do velório ao lado de sua família. O cantor Jão também estava presente.

Ao final da cerimônia, a cantora Maria Gadú, chorando muito, apareceu para se despedir da amiga.

Sob muitos aplausos e emoção, às 15h, o caixão foi fechado e a bandeira de São Paulo e da Bahia foram colocadas sobre ele.

Gal morreu aos 77 anos, em São Paulo, na quarta-feira (9). Ela havia cancelado alguns shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi a voz de clássicos da MPB como “Baby”, “Meu nome é Gal”, “Chuva de Prata”, “Meu bem, meu mal”, “Pérola Negra” e “Barato total”.

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou “Eu vim da Bahia”, samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

Três anos depois, veio outro clássico: “Baby”, de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. “Divino maravilhoso” (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza (“Brasil”, 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas (“Um Dia de Domingo”, de 1985); e Marília Mendonça (“Cuidando de Longe”, 2018).

Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo. “Fa-tal”, “Índia” e “Profana” foram três dos principais.

Ela estava em turnê com o show “As várias pontas de uma estrela”, no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. “Açaí”, “Nada mais”, “Sorte” e “Lua de Mel” eram algumas das músicas do repertório.

Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado.

Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro.

Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou o último álbum de inéditas. “A Pele do Futuro”, de 2018, foi o 40º disco da carreira. “Está vindo a geração que salvará o planeta”, disse ela ao g1, quando lançou o álbum.

O último álbum lançado foi “Nenhuma Dor”, em 2021, quando Gal regravou músicas como “Meu Bem, Meu Mal”, “Juventude Transviada” e “Coração Vagabundo”, com cantores como Seu Jorge, Tim Bernardes e Criolo.

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