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Covid: Dor de garganta se torna mais comum com a variante Ômicron, alerta médico

As principais queixas são dor de garganta e redução das típicas perdas de paladar e olfato - Foto: Semus

A variante Ômicron da Covid-19, segue contaminando com rapidez mais pessoas devido ao seu alto poder de transmissão. Médicos especialistas que estão na linha de frente do atendimento aos pacientes de Covid-19 avaliam que, além da maior rapidez na transmissão, os sintomas dela são diferentes das variantes anteriores.

O médico Estevam Rivello, que atua no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência da Capital (Samu) e também  em prontos atendimentos, explica que alguns estudos científicos sobre as variantes do coronavírus (SARS-Cov-2), revelam que ainda não há informações de que surgiram diferenças. Mas com o atendimento diário dos pacientes, as principais queixas da Ômicron são principalmente de dor de garganta e redução das típicas perdas de paladar e olfato.

O médico observa que as variantes geralmente não alteram a forma como a doença se manifesta, isso na apresentação clínica do paciente. “O que tem chamado atenção são os sintomas mais brandos e leves da doença. O que faz a pessoa achar que não é Covid-19. Mas é fundamental entender que se sentir algum sinal ou sintoma respiratório (tosse, coriza, espirros etc.), por mais leve que seja, tem de suspeitar que pode ser Covid”, orienta.

Em Palmas, a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) disponibiliza um centro exclusivamente para testagem na USF da ASR SE 75 (712 Sul), com agendamento no site; quatro unidades Sentinelas (Arno 61; Eugênio PInheiro, 1Arse 131 e Santa Fé) para atendimento médico e testagem para os casos de síndromes gripais e Covid-19; além do atendimento para casos de urgência nas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs Sul e Norte).
Internações reduzidas

Mesmo com alta capacidade de transmissão, o médico destaca a redução do número de internações em enfermarias e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pela nova variante. “Os números mostram que houve uma diminuição da mortalidade. Então, significa que a tática de vacinar, de se proteger com máscara, evitar aglomeração, fazer uso do álcool em gel, são condutas que as pessoas devem continuar tendo, para assim minimizar o contágio com a doença e evitar complicações que podem surgir com a Covid”, recomenda.

O médico reforça ainda que com o número maior de pessoas vacinadas, os sintomas da Ômicron parecem se concentrar no sistema respiratório superior (nariz, garganta etc.). “Os sintomas podem aparecer de dois a 12 dias após a exposição ao vírus, tempo que pode variar na variante, já que a sua incubação parece ser de três a quatro dias. Neste período, a pessoa pode sentir febre, calafrios, tosse, dificuldade para respirar, cansaço, dor muscular ou no corpo,  dor de cabeça, perda de olfato e paladar, dor de garganta, congestão nasal ou coriza,  náusea ou vômito e diarreia”, citou o profissional.

Para Estevam,  a Ômicron e as cepas anteriores são parecidas, mas a nova variante tem particularidades que já foram observadas pelos cientistas. “A duração dos sintomas é mais curta, pois antes, a síndrome gripal durava de uma a duas semanas. Na Ômicron, esse tempo é de três a quatro dias na maior parte das pessoas vacinadas”, informa.

Conforme o médico, nas crianças, esse período é ainda menor, de um a dois dias. “Temos também um maior risco de transmissão doméstica. Agora com a variante, o risco de passar a doença para familiares que moram na mesma casa é  maior”, alerta.

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