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“Covidado” e daí? Tomei todas as doses disponíveis da vacina

Cientista social Cláudio Bento Foto – Arquivo Pessoal

Durante o período pandêmico demorei ir à casa da minha mãe, em Palmeirópolis no sul do Tocantins. E ela sem vir aqui. Tínhamos medo.

Eu, com medo de sair daqui sadio, me contaminar na viagem e levar a doença pra ela.

Assim, depois das segundas doses e já prestes a tomar a primeira dose de reforço, decidi dar um pulo no final do ano em Palmeirópolis para visitá-la.

Chegando lá, como já estava no tempo hábil, tomei a primeira dose de reforço. Minha mãe já havia tomada a dela. Pois, lá eu me contaminei com COVID 19 e ela também. Eu, graças a vacina só tive coriza e minha mãe não teve absolutamente nada.

O tempo passa, cá estamos nós, em Palmas, com a 2 doses de reforço no braço. E mais uma vez juntos, eu e minha mãe, estou “COVIDADO” e ela não. Nós temos o hábito de reclamar de tudo. Estou como se tivesse com a renite alérgica atacada. E minha mãe negativada. Porém, quando penso em reclamar, eu me pego a pensar nos meus amigos e amigas que poderiam estar entre nós se tivessem tido a mesma oportunidade que eu e minha mãe: VACINADOS.

A reclamação se transforma em saudade, tristeza e ao mesmo tempo em ódio por terem atrasado tanto a compra de nossas vacinas. Se em tempo proposto, possivelmente minha amiga Tia Lu, meu amigo Helton e tantos outros e outras não teriam partido por essa doença tão cedo.

Mas, é tempo de esperança. Esperançar é preciso! Vida que segue e logo estarei de volta ao convívio social presente.

Se cuidem, amigos! Usem máscara!

Eu já estava usando e ainda assim, tem os momentos de vacilos e eu vacilei.

CUIDEMO-NOS!

Claudio Bento é Cientista Social (UFG), Bacharel em Direito (Unitins) e leitor assíduo do Gazeta do Cerrado

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