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Crânio de 13 milhões de anos pode revelar ancestral de humanos

A descoberta de um crânio de 13 milhões de anos, no Quênia, pode trazer revelações sobre a evolução humana. O fóssil é o item mais completo e preservado que cientistas encontraram até agora da civilização do Mioceno — quarta época da era geológica Cenozoica.

Publicado na revista Nature, o estudo do crânio mostrou que ele era de um primata criança, com 16 meses de idade, que morreu devido a uma erupção vulcânica.

Os pesquisadores classificaram o fóssil como uma nova espécie, a Nyanzapithecus. Eles a apelidaram de Alesi, visto que a palavra ‘ales’ significa ‘antepassado’.
As análises de raio-x identificaram que as cavidades cerebrais de Alesi eram duas vezes maiores que dos macacos que habitavam o planeta naquele período. O crânio apresentava tubos auditivos ósseos desenvolvidos, o que pode ligá-lo aos símios — ordem dos primatas atuais e extintos mais próximos evolutivamente do ser humano atual.

O focinho de Alesi era semelhante ao de um filhote de gibão, os primatas pertencentes à família Hylobatidae. “Apesar de parecer os Hylobatidaes morfologicamente e pelo seu desenvolvimento dentário, não há sinapomorfia [conjunto de características que, ao longo da evolução, permanece em grupos taxonômicos distintos]”, revelou o estudo.

Segundo a pesquisa, “as evidências combinadas sugerem que os Nyanzapithecus tinham o tronco semelhante dos Hominídeos, e que essas características faciais dos Hylobatidaes evoluíram diversas vezes dos Catarrhini [primatas que têm o focinhos retos e narinas juntas]”.

Fonte: Revista Galileu

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