Ícone do site Gazeta do Cerrado

Criação do IHGT é vista como marco na valorização da identidade cultural tocantinense


Um marco na valorização da identidade cultural tocantinense foi estabelecido com a criação do Instituto Histórico e Geográfico do Tocantins (IHGT). A entidade, sem fins lucrativos, tem como propósito preservar a memória do estado, fomentar estudos e pesquisas, salvaguardar documentos históricos e fortalecer a conexão da sociedade com as riquezas culturais, especialmente nas comunidades tradicionais.

A fundação do instituto foi oficializada na quinta-feira, 21, durante uma cerimônia no Palácio Araguaia José Wilson Siqueira Campos, em Palmas. O evento contou com as presenças de alguns dos sócios-fundadores, como o presidente do IHGT e secretário da Igualdade Racial, Adão Francisco; o vice-presidente Nilson Jaime; o secretário-chefe da Casa Divil Deocleciano Gomes e o secretário da Cultura Tião Pinheiro.

O IHGT nasce com a missão de atuar como guardião do patrimônio tocantinense com a conservação de documentos, cartas, mapas e outros materiais de valor histórico. Além disso, o instituto se propõe a fomentar iniciativas que valorizem a diversidade cultural do estado, com ênfase nos povos originários, comunidades quilombolas e outras tradições que compõem o mosaico cultural do Tocantins.

O presidente da entidade Adão Francisco destacou que as estratégias prioritárias do instituto incluem a construção de parcerias interinstitucionais com órgãos públicos, como o Governo do Estado, prefeituras, Assembleia, Tribunal de Justiça, Ministério Público  e universidades, além de dialogar com a sociedade civil e buscar apoio da iniciativa privada. Ele ressaltou que um dos primeiros desafios será garantir a estrutura física da sede do IHGT, e que a experiência de outros institutos, como o IHGG em Goiás, será uma referência na busca por soluções.

“No Estado de Goiás, por exemplo, o IHGG celebrou um convênio com uma cooperativa de crédito que permitiu uma ampla reforma de sua sede, a expansão de todo o acervo do instituto e a manutenção dos serviços prestados. Então, não mediremos esforços para que o IHGT possa se tornar um grande instituto desde a sua concepção”, disse.

O secretário da Igualdade Racial também enfatizou que o instituto terá um papel ativo na integração da sociedade tocantinense, com iniciativas como debates, oficinas, minicursos e exposições. “ O IHGT surge para ser um espaço de referência na salvaguarda da história, da memória, da cultura e do patrimônio material e imaterial do Tocantins a serviço da sociedade”, pontuou.

“O presidente do IHGT, Adão Francisco, já iniciou os trabalhos para consolidar a atuação da instituição. Ele designou três sócios-fundadores para organizar a primeira edição da Revista do IHGT, que será dedicada a artigos científicos e culturais sobre o Tocantins, com foco especial nos Povos Originários e Tradicionais, guardiões das raízes e da memória do estado”, disse o vice-presidente, Nilson Jaime. Ele explicou ainda que o instituto foi criado para promover estudos e pesquisas voltados à produção de trabalhos científicos e culturais em diversas áreas, como história, geografia, sociologia, antropologia, arqueologia, filosofia, educação, jornalismo, arquitetura e meio ambiente.

“Último estado a criar seu instituto histórico e geográfica, o Tocantins fecha um ciclo de sua importante trajetória de luta, criação e implantação. O IHGT chega para reforçar os esforços de preservação histórica e fomento cultural como nos orienta o governador Wanderlei Barbosa. É uma honra fazer parte de mais um marco na linda história tocantinense”, disse o secretário estadual da Cultura Tião Pinheiro.

Estrutura

Os sócios-fundadores ocuparam as primeiras 16 cadeiras do IHGT, cada uma representada por um patrono. Entre eles estão Joaquim Theotônio Segurado, o primeiro patrono, e Raimunda Gomes da Silva, a “Raimunda Quebradeira de Coco”, símbolo da luta e resistência cultural no Tocantins.

Além dos fundadores, o instituto prevê até 50 cadeiras titulares e destaca patronos de renome, como José Wilson Siqueira Campos, político e figura central na criação do Tocantins, na Cadeira 17; José Gomes Sobrinho, personagem importante da cultura tocantinense, na Cadeira 19; e Dona Miúda Matos, líder do Quilombo Mumbuca no Jalapão, na Cadeira 26.

Conheça os sócios-fundadores

Adão Francisco de Oliveira (Cadeira 1: Patrono: Joaquim Theotônio Segurado)

Nilson Gomes Jaime (Cadeira 2: Patrono: Pe. Luiz Gonzaga de Camargo Fleury)

Ariel Elias do Nascimento (Cadeira 3: Patrona: Juliana Ricarte Ferraro)

Rogério Castro Ferreira (Cadeira 4: Patrono: Geraldo Silva Filho)

Ubiratan Francisco de Oliveira (Cadeira 5: Patrono: Flávio Moreira)

Roberto de Souza Santos (Cadeira 6: Patrono: José Ramiro Lamadrid Marón)

Wélere Gomes Barbosa (Cadeira 7: Patrona: Juscéia Aparecida Veiga Garbelini)

Ricardo Júnior de Assis Fernandes Gonçalves (Cadeira 8: Patrona: Anna Britto Miranda)

Waldecy Rodrigues (Cadeira 9: Patrono: Monsenhor Rui Cavalcante Barbosa)

José Sebastião Pinheiro de Souza (Cadeira 10: Patrona: Ana Braga)

Cejane Pacini Leal Muniz (Cadeira 11: Patrona: Isabel Pereira Auler)

Rejane Cleide Medeiros de Almeida (Cadeira 12: Patrona: Lucelina dos Santos – “Dona Juscelina”)

Jales Guedes Coelho Mendonça (Cadeira 13: Patrono: Jaime Câmara)

Jorge Henrique Pereira Cartaxo de Arruda (Cadeira 14: Patrono: Paulo Bertran Chaibub)

Lenora de Castro Barbo (Cadeira 15: Patrono: Thomaz de Souza Villa Real)

Maria José Alves Cotrim Jacob (Cadeira 16) Patrona: Raimunda Gomes da Silva (“Raimunda Quebradeira de Coco”)

Sair da versão mobile