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Criança toma medicação deitada em cadeiras no corredor de hospital no TO

Foto – Divulgação

Lucas Eurilio

A mãe de Guilherme Costa Mendes, de 12 anos, Darqueline Costa Silva Mendes, ficou indignada e reclamou de um atendimento no Hospital Regional de Paraíso do Tocantins, nesta quarta-feira, 20. Ela cobrou do Governo uma atenção melhor para a unidade hospitalar que atende moradores de pelo menos 16 municípios, além de Paraíso.

Darqueline contou que precisou levar o filho para o Hospital porque ele estava com febre e vomitando. Ela relatou que havia falta de médicos pediatras na unidade hospitalar.

“Meu filho estava com vômito e meio febril, dei remédio pra cortar o vômito em casa , mas não resolveu . Então levei ele pra consultar e tomar um remédio na veia. De início a enfermeira da triagem me falou que não tinha pediatra hospital e que só amanhã – dia 21 – cedo teria um. Eu falei, como eu vou pra casa com esse menino, ele não comeu nada hoje, o remédio não para no estômago dele pra cortar o vômito, ele tá tremendo de fraqueza. A enfermeira me falou que a médica que estava no momento nem adiantava passar a ficha dele, porque ela não atenderia porque é uma criança “, contou. 

A mãe de Guilherme relatou que outra enfermeira entrou na sala de triagem falando que estava faltando remédios básicos, como por exemplo, dipirona e plasil.

Após passar pela triagem, Guilherme foi atendido porque estava com 12 anos completos. “Ele só foi atendido porque já tinha os 12 anos completos. Uma criança de 2 anos com os mesmos sintomas foi embora sem atendimento”, relatou. 

A mulher contou por fim que o filho teve que tomar a medicação deitado em algumas cadeiras no corredor do Hospital, pois estava fraco e queria deitar.

“Enfim a médica olhou ele, não pediu nenhum exame, só passou soro com remédios e depois ir pra casa. Detalhe o plasil que a médica passou , a enfermeira me falou que era o último que ela estava colocando no soro dele. Meu filho  ficou tomando soro deitado nas cadeiras com a cabeça no meu colo, porque ele estava com muita fraqueza e queria deitar. O hospital de Paraíso por atender não só pacientes daqui, mais de toda a região, merece uma atenção melhor do governo, em infraestrutura e médicos”, concluiu.

O que diz a SES

Em nota à Gazeta do Cerrado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) esclareceu que o paciente citado foi atendido, prontamente, pela equipe de saúde do Hospital Regional de Paraíso nesta quarta-feira, 20. Por ter 12 anos, o paciente não foi encaminhado para a pediatria, sendo atendido na clínica médica pela profissional que estava de plantão. O adolescente, conforme avaliação médica, não estava em estado grave, assim não necessitava de internação e ficou em observação tomando a medicação e após término do remédio foi liberado.

A Pasta ressalta ainda que a ala pediátrica da Unidade Hospitalar contava nesta quarta-feira, 20, com duas médicas no plantão, ou seja, com a escala completa, sendo todos os pacientes pediátricos assistidos.

A SES ainda informou que quanto a ausência de fármacos, a SES-TO informa que na Unidade Hospitalar de Paraíso há mais de 3 mil ampolas de dipirona e no estoque também há plasil e caso houvesse falta do remédio citado, o mesmo pode ser trocado pelo ondansetrona.

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