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Crime em 2016: Policial civil acusado de matar jovem durante confusão em bar na capital vai à júri popular

Crime aconteceu em 2016 em um bar na Arse 91, antiga 904 Sul –  Foto – Reprodução

Lucas Eurilio, Gazeta do Cerrado

O policial civil Wesley Moreira da Silva Feitosa, acusado de matar o jovem estudante José Elias Bandeira Lopes e tentar matar Ailton Alves de Araújo em um bar na Arse 91, antiga 904 Sul, vai à júri popular, nesta quinta-feira, 30, a partir das 8h. O julgamento já vinha sido adiado desde 2020 ou por conta da pandemia ou a pedido dos advogados defesa do réu.

A informação é dos advogados Cayo Bandeira Coelho e Adriana de Carvalho Cavalcante, que representam a família de José Elias e Ailton Alves.

O crime aconteceu em setembro de 2016, durante uma confusão no estabelecimento onde José Elias, de 22 anos, comemorava as boas notas que tinha tirado no faculdade.  Na época, imagens de segurança gravaram a confusão e morte de José Elias.

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No caso de Ailton Alves, ele foi atingido com um tiro na boca e com um golpe de bola de bilhar na cabeça. Ele ficou internado na UTI do Hospital Geral de Palmas por vários dias e precisou passar por cirurgias e reabilitação.

Conforme os advogados, toda a confusão começou porque o policial Wesley não concordava com o preço de uma caixa de cerveja.

“Wesley Moreira da Silva Feitosa, policial civil, chegou acompanhado de mais três amigos, sendo um deles também policial, Alessandro Nogueira. Eles se dirigiram até o interior do bar pra negociar a compra de uma caixa de cerveja. Ao informar que o preço da caixa de cerveja, sendo pra levar ou consumir no local era R$ 120, o Wesley começou então a provocar o dono do bar, no sentido de dizer que a conta estava muito cara e que ele – o dono do bar – tinha olho grande de tá cobrando aquele valor. A conversa toda, a discussão toda, foi gerada por conta do preço da caixa de cerveja”, explicou Cayo.

Os advogados explicaram ainda que a confusão evoluiu e Wesley ameaçou seu Ailton, que com medo, mostrou que possuía um facão.

“Em decorrência disso, após a discussão que evoluiu um pouco, Wesley ameaçou o dono do bar de atravessar o balcão e bater no dono do bar, no momento em que o dono do bar é ameaçado, ele mostrou um um facão. Depois disso, o Wesley tentou ir até o dono do bar, só que ele saiu detrás do balcão de mãos limpas e ali começou uma discussão em que estavam presentes, o Ailton, dono do bar e o Danilo seu filho, contra Wesley, Alessandro o outro policial, e Jânio, sendo esses dois, amigos do acusado. O sobrinho do Ailton, vendo a confusão de longe, estava jogando sinuca do outro lado do estabelecimento, se aproximou pra tentar acabar com a confusão após ter visto Wesley sacar a arma a apontar pro seu tio Ailton”.

Nossa equipe teve acesso exclusivo aos vídeos de toda a gravação que está no processo e comprova a versão dos advogados, mas por questões judiciais, nossa equipe decidiu não publicar.

O espaço está aberto caso haja interesse da defesa de Wesley Moreira da Silva Feitosa em se posicionar sobre o assunto.

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