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Crise na SSP: Governo trabalha na escolha de novo comando e cúpula após afastamentos e exonerações

Secretaria da Segurança Pública do Tocantins - Foto Dennis Tavares - Governo do Tocantins

Equipe Gazeta do Cerrado

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Tocantins foi afastada e até este início de semana nenhum nome foi indicado para assumir o comando da Polícia Civil.

Os principais nomes da segurança pública do Tocantins foram afastados na última quarta-feira (20) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) durante a operação Éris, da Polícia Federal. A investigação apura corrupção no governo de Mauro Carlesse (PSL) – também afastado – e uma suposta aparelhagem estabelecida para obstruir investigações e vazar informações. Há suspeita, inclusive, de que um flagrante falso de tráfico de drogas tenha sido realizado.

Somente na área da segurança pública foram pelo menos 13 afastamentos. Entre eles o secretário Cristiano Sampaio, o secretário executivo Servilho Silva e a delegada-geral, Raimunda Bezerra.

No Diário Oficial da quinta-feira (21) foi a nomeada Mariana Rodrigues da Silva, superintendente de administração e finanças, para responder também pelo ordenamento de despesas da SSP.

O afastamento do governador e dezenas de agentes públicos foi determinado monocraticamente pelo ministro Mauro Luiz Campbell e confirmado pela corte do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na manhã desta quarta-feira (20) a Polícia Federal fez buscas na casa de Carlesse e na sede do governo do Tocantins. Foram apreendidos dois veículos do governador, levados para a sede da PF em Palmas.

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As investigações que resultaram na determinação de afastamento do governador Mauro Carlesse pelo STJ são resultado de duas operações da PF, chamadas Éris e Hygea, que invetigam:

pagamento de propina relacionada ao plano de saúde dos servidores estaduais (Hygea);
obstrução de investigações (Éris);
incorporação de recursos públicos desviados (Hygea).

A caneta de Wanderlei

O governador do Tocantins em exercício Wanderlei Barbosa (sem partido) exonerou 11 servidores investigados nas operações da Polícia Federal que afastaram o governador Mauro Carlesse (PSL) do cargo. Wanderlei também determinou que outros três servidores sejam dispensados de funções comissionadas e de confiança que ocupavam. A decisão foi divulgada no fim da tarde da sexta-feira (22).

Cristiano Sampaio, que chefiava a Segurança Pública, foi exonerado por determinação de Wanderlei Barbosa.

A determinação do STJ era do afastamento destes servidores da função por seis meses. Com a decisão pela exoneração, eles ficam fora dos cargos indefinidamente.

Confira a lista dos Servidores exonerados:

Cristiano Barbosa Sampaio – Secretário de Estado da Segurança Pública
Servilho Silva de Paiva – Secretário Executivo da Secretaria da Segurança Pública
Dilma Caldeira de Moura – Secretária Executiva do Tesouro do Estado
Raimunda Bezerra de Souza – Delegada Geral da Polícia Civil – Secretaria da Segurança Pública
Ronan Almeida Souza – Corregedor-Geral da Segurança Pública – Secretaria da Segurança Pública
Cínthia Paula de Lima – Diretora da Escola Superior de Polícia – Secretaria da Segurança Pública
José Mendes da Silva Júnior – Gerente de Núcleo de Inteligência – DAI-1 – Departamento Estadual de Trânsito (Detran-TO)
Rudson Alves Barbosa – Gerente de Inteligência – Casa Militar, na Governadoria
Rodrigo Assumpção Vargas – Assessor de Gabinete I – Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes

Servidores dispensados de função comissionada

Ênio Walcacer de Oliveira Filho, da função comissionada de Delegado-Chefe da 1 Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos / Denarc – Palmas
Gilberto Augusto Oliveira Silva, da função comissionada de Delegado-Chefe da Divisão Especializada de Repressão à Corrupção / Decor / Decor-Palmas
Victor Vandré Sabará Ramos, da função comissionada de Administração

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