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Crônicas e poesias de José Gomes Sobrinho em cena com apresentação do espetáculo “Zé” na Aldeia Jiquitaia

 

A Barraca Cia de Artes apresenta nesta quinta-feira, 12, o espetáculo teatral “Zé”, com crônicas e poesias de José Gomes Sobrinho. A apresentação acontece às 17 horas, na parte externa do Centro de Atividades do Sesc Palmas, utilizando o projeto Arte ao Cubo como cenário. A entrada é franca e integra a programação do projeto Aldeia Jiquitaia.

Resgatando a linguagem mambembe, a proposta de “Zé” é abordar o mundo lírico do poeta José Gomes Sobrinho (in memorian), por meio de seus textos, música e principalmente pelo modo como as pessoas o viam, trazendo à tona sua visão de mundo, suas concepções a cerca da vida e de sua realidade.

No elenco estão as atrizes Cleuda Milhomem, Cinthia Abreu, Iva de Oliveira, Leidiane Martins e Magna Carneiro, que se revezam em cena com música, dança e teatro para elucidar a visão artística do poeta José Gomes Sobrinho. Além da linguagem de cultura popular no teatro de rua, o espetáculo traz uma proposta diferenciada até mesmo na execução musical, com instrumentos nada convencionais, como pedaços de telha, azulejo, canos, serrote, martelo, balde com água e pilão, entre outros elementos.

A direção do espetáculo é de Nival Correia. “Não se trata de uma referência biográfica ao José Gomes Sobrinho, mas pretendemos sim dar movimentos, expressões, cores e sentimentos à obra poética dele, tornando-a visual”, explica. Assistente de direção do espetáculo, a atriz Magna Carneiro complementa que o espetáculo traz não só uma releitura das obras do artista com música, dança e interpretação teatral, mas também da vida particular do artista. “Mostramos ao público um ‘Zé’ que todo mundo tem uma história para contar, um episódio que vivenciou, buscando estimular o público a compreender subjetivamente as concepções que norteavam o artista a cerca de suas obras e da vida”, ressalta.

A proposta é apresentar em espaços alternativos como ruas, feiras, praças e escolas, com o objetivo e alcançar um público que por muitas vezes não tem condições ir ao teatro. “Zé dizia que não morria nem que o matassem e o nosso espetáculo é a prova disso, pois a vida e obra de José Gomes Sobrinho ainda estão bem vivos em nossos corações tocantinenses”, conclui a atriz Cleuda Milhomem.

Montagem
A primeira montagem do espetáculo aconteceu no ano de 2014, em homenagem aos dez anos de falecimento do poeta que é referência para a cultura tocantinense. O espetáculo foi retomado no ano passado pela companhia teatral por meio do projeto “Zé nas Feiras”, onde circulou pelas principais feiras populares da Capital com foco na formação de plateia.

História
A Barraca foi criada em 2002 e surgiu da necessidade de um grupo de artistas em fomentar a cultura de um modo em geral. Sempre focando a importância da arte como instrumento de transformação e integração social das diferentes camadas da sociedade, é que a Barraca busca levantar discussão referente à cultura, a arte e a educação (para a saúde, o trânsito o meio ambiente e etc), principalmente realizando trabalhos e intercâmbios entre especialistas, profissionais da arte, e sociedade. Os espetáculos e esquetes realizados pela

Homenageado
Nascido em 1935, em Garanhuns (PE), José Gomes Sobrinho chegou ao Tocantins em 1989. Presidente do Conselho Estadual de Cultura, José Gomes Sobrinho era acadêmico da ATL- Academia Tocantinense de Letras, ocupante da cadeira nº, 28 e da Academia Palmense de Letras, cadeira 09. Autor de 13 livros publicados, José Gomes presidia também o Fórum Nacional de Conselheiros Estaduais de Cultura.

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