Lucas Eurilio- Gazeta do Cerrado
Na manhã desta quinta-feira, 31, um dia antes da posse dos deputados estaduais a Polícia Civil cumpriu mandados de intimação, busca e apreensão na Assembleia Legislativa. As investigações apuraram que pelo menos 11 servidores estariam recebendo os salários sem cumprir a carga horária.
No meio político houve questionamentos se seria uma ação seletiva por parte da Polícia para interferir de alguma maneira na eleição que até então já tinha Toinho como candidato e Amélio como vice. A cronologia da Operação mostra porém que as investigações começaram ainda no dia 10 deste mês e que foram levantadas pelo MPE e a Polícia Civil, mesmo em meio a várias outras operações em curso, deu seguimento aos trâmites.
Os servidores estariam ligados aos gabinentes do Toinho Andrade (PHS) e Amélio Cayres (SD) e um dos investigados era servidor fantasma ligado a presidência da Casa, no período em que Osires Damaso (SC) era presidente.
A polícia disse que o prejuízo causado aos cofres públicos pode chegar a R$ 1,5 milhão. Os nomes dos investigados não foram divulgados.
Início das investigações
A seguda fase Operação Espectro iniciou no dia 10 de janeiro quando o Ministério Público Estadual do Tocantins através do Gaeco pediu que a Polícia Civil abrisse um inquérito para apurar a suspeita de funcionários fantamas na Assembleia Legislativa do Estado. As investigações tiveram início ainda no dia 14 do mesmo mês.
Na época, o delegado Guilherme Rocha havia pedido de busca e apreensão e afirmou que os envolvidos foram convidados e não intimados para prestar esclarecimentos. Ao todo, sete pessoas foram ouvidas.
Veja a cronologia da Operação:
28 de janeiro de 2019 – os Delegados de Polícia Civil protocolaram uma representação para dar seguimento às investigações.
29 de janeiro de 2019 – Sai a manifestação do Promotor de Justiça do Ministério Público que autuou na operação.
30 de janeiro de 2019 – Sai decisão da Justiça para o cumprimento dos mandados na Assembleia.
31 de janeiro de 2019 – Os mandados judiciais são cumpridos.
A Gazeta teve acesso exclusivo aos documentos da operação. A Verificação da Procedência de Investigação (VPI) é o procedimento que antecede o inquérito.
Vários Delegados ouvidos pela Gazeta afirmam que ao contrário do que muitos chegaram a comentar com relação ao fato da Operação ser na véspera da posse a Polícia mostrou o contrário: que atuou imediatamente de acordo com os trâmites da Operação, conforme mostra a cronologia da Operação.
Janeiro tem sido um mês intenso de Operações da Polícia Civil que tem dito que tem autonomia para atuar não permitindo interferência Politica , ja que inclusive o poder Executivo e o Legislativo são investigados na Catarse, por exemplo.
Verificação da Procedência de Investigação (VPI)