Ícone do site Gazeta do Cerrado

Dança, casamento, jogos: adaptado, 1º Encontro Cultural Xerente acontecerá nesta sexta,04

O povo Xerente vive na região de Tocantínia e se denomina Akwê, “gente importante” - Foto: Nonato Rocha/Governo do Tocantins

O povo Xerente vive na região de Tocantínia e se denomina Akwê, “gente importante” – Foto: Nonato Rocha/Governo do Tocantins

 

Mesmo em tempos de pandemia, as tradições serão valorizadas, com a realização do 1º Encontro Cultural Indígena Xerente, que acontecerá no dia 4 de junho, na aldeia Novo Horizonte, no município de Tocantínia, às margens do Rio Sono, na região central do estado do Tocantins.

O evento, que foi adaptado devido à disseminação da Covid-19, contará somente com a participação de integrantes da aldeia e  uma equipe de filmagem, devidamente testada para a doença, que produzirá um audiovisual, com a finalidade documentar e divulgar a cultura dessa etnia de povos originários do Tocantins em escolas da rede municipal e estadual de ensino, além de outras instituições públicas.

A programação do evento contará, no período da manhã, com ritual de batismo, dança tradicional, dinâmica com as crianças e culinária original. No período da tarde, o evento prossegue com casamento indígena, competição de arco e flecha e corrida da Tora de Buriti. O encerramento será marcado por uma apresentação de dança envolvendo representantes de toda a aldeia.

De acordo com o cacique da aldeia, Pedro Filho, a realização do encontro é muito importante para fortalecer a cultura do povo Xerente. “É uma preocupação fazer com que nossos jovens e crianças vivenciem nossos costumes para garantir que permanecem vivos nas próximas gerações, quando os mais velhos se forem. Também consideramos fundamental fazer com que as pessoas de fora da aldeia conheçam e respeitem nossa cultura”, explicou.

Além de colaborar com a organização da programação, o projeto previa a produção de um audiovisual do 1º Encontro Cultural Indígena Xerente no Dia do Índio, em 19 de abril, com a participação dos integrantes da etnia e moradores da região. Porém, diante da situação de agravamento da pandemia de Covid-19, naquele momento, a proposta foi adaptada para a realizado de uma forma restrita e produção de material audiovisual para divulgação.

A iniciativa, desenvolvida pelo Instituto Terra Dourada, foi uma das contempladas com recursos da Lei Aldir Blanc, com destinação coordenada no Tocantins pela Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc). Os incentivos foram disponibilizados, por meio de edital, seguindo critérios técnicos, para ações emergenciais voltadas ao setor cultural durante a pandemia da Covid-19. Os recursos foram direcionados a apoiar e fomentar artistas e produtores, para pessoas físicas e jurídicas, de áreas como Cultura Tradicional, Popular e Urbana, Música, Artes Cênicas, Artes Visuais, Literatura, Audiovisual e Áreas Técnicas.

Sair da versão mobile